A volta de Michael Phelps após atravessar alcoolismo, detenção e depressão Maior medalhista olímpico de todos os tempos, nadador revelou à revista 'Sports Ilustrated' que não queria mais viver gplus
   

A volta de Michael Phelps após atravessar alcoolismo, detenção e depressão

Maior medalhista olímpico de todos os tempos, nadador revelou à revista 'Sports Ilustrated' que não queria mais viver

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Seus feitos são para poucos: maior medalhista olímpico da história, Michael Phelps conquistou 22 medalhas, 18 de ouro. Apesar de toda a glória, o nadador entrou numa espiral autodestrutiva que culminou com sua detenção por dirigir, pela segunda vez, bêbado. O fato ocorreu em setembro de 2014, em Baltimore, Estados Unidos. Condenado a um ano de prisão, Phelps se declarou culpado e cumpriu pena em liberdade condicional. Procurou uma clínica de reabilitação e utilizou o tempo que esteve lá para refletir.

Toda essa história estará na edição de 16 de novembro da revista americana Sports Illustrated. Em entrevista, Phelps faz uma declaração forte: "Eu estava em um lugar escuro, sem vontade de estar vivo". Após passar pela The Meadows-um dos maiores centros de recuperação do Arizona, ele disse ter descoberto muitas coisas que já sabia, mas não queria enfrentar. “Uma delas é que por muito tempo me vi como o atleta que era, mas não como ser humano. Estive em sessões com pessoas desconhecidas que sabiam quem eu era, porém não me respeitavam pelas coisas que eu alcancei, mas pela pessoa que sou. Isso foi me fazendo mais e mais feliz.”

Na clínica, ele começou a se levantar todos os dias às 6 horas para perder peso e nadar numa pequena piscina onde “em uma braçada já alcançava o outro lado”. Após 45 dias internado, voltou aos treinos.

Em agosto deste ano, enquanto o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan-Rússia acontecia a todo vapor sem Michael Phelps (o atleta havia sido suspenso pela Federação Americana de Natação pelo o ocorrido em setembro do ano passado), ele participava do Campeonato Nacional dos Estados Unidos. Na competição, venceu 3 das 3 provas que disputou, sendo que em duas delas conquistaria o título mundial. 

Com impressionantes 1m54s94 nos 200m borboleta, o campeão olímpico fez sua melhor marca desde 2009, quando bateu o recorde mundial. Nos 100m borboleta, terminou a prova em 50s45, tempo inferior aos 50s56 alcançados pelo medalhista de ouro em Kazan, Chad Le Clos. Também com tempo inferior ao campeão em Kazan, que bateu os adversários nos 200m medley em 1m55s81, Phelps fez 1.m54s75 no campeonato nacional  em San Antonio.

Depois desistir da aposentadoria anunciada após as Olimpíadas de Londres, Micheal Phelps deve vir inspirado para o Rio de Janeiro. Alguém duvida que ele aumente seu número de medalhas?


Guilherme de Souza Guilherme