Se, ao assistir a filmes, você já teve vontade de viajar pela imensidão do espaço, defender uma muralha de um exército inimigo, ser um cientista de robôs futuristas, sair em missões como um soldado armado até os dentes ou até mesmo lutar pela sobrevivência durante um apocalipse zumbi, saiba que tudo isso está mais próximo de acontecer por meio da tecnologia de realidade virtual e dos mais de 70 jogos disponíveis na VR Gamer, a primeira casa do Brasil especializada nesse tipo de entretenimento que acaba de abrir em São Paulo e que o AreaH foi conhecer. 

De portas abertas oficialmente desde o dia 8 de setembro (2016), a casa de jogos ocupa o espaço de um sobrado no bairro da Vila Mariana e foi adaptado para oferecer aos visitantes apaixonados por games o espaço necessário para que eles vivenciem os jogos com grande liberdade de movimento e segurança. 

São cinco salas equipadas com o que há de mais moderno em tecnologia VR, essencial para oferecer a melhor experiência possível com alto desempenho. Uma das salas ainda conta com um fundo de tela verde (chroma key), o que torna possível que o jogador seja inserido digitalmente no cenário em que está jogando por meio de gravação e edição, serviço oferecido pela casa. 

Com os avançados óculos de realidade virtual HTC VIVE, que rastreiam e mapeiam o ambiente e os movimentos do jogador para reproduzi-los em modelos tridimensionais dentro do jogo e dois controles que permitem comandar todas as ações e que, dentro da experiência, se transformam nos objetos utilizados em cada game, a experiência fica completa e não decepciona. Para os iniciantes, pode levar alguns minutos para se habituar aos novos controles, mas depois é só se divertir.

Em uma experiência totalmente imersiva, que leva o jogador para qualquer cenário através dos óculos e do som ambiente proporcionado pelos headphones, é possível se sentir em outro mundo e sem vontade de voltar à realidade. Foi exatamente assim que me senti quando, ansioso e apreensivo ao mesmo tempo por ter minha primeira chance de testar esses jogos em primeira mão, fui levado a uma das salas no andar superior. Óculos e  controles em posição, algumas instruções e testes rápidos para pegar o jeito e eu estava pronto para por os pés (ou quase) naquele novo mundo.

Aficionado por batalhas medievais e arqueirismo, foi uma decisão óbvia eu ter escolhido logo de cara o game VR Archery, no qual pude ter uma experiência extremamente realística do que é segurar um arco e atirar flechas, para o que contribuíram as vibrações dos controles e o som da corda sendo estirada que era projetado por meio dos fones. Uma hora depois, eu já havia destruído um robô, viajado pelo espaço, atirado desesperadamente em zumbis e até mesmo "manuseado" um sabre de luz em cenários que, se não fosse pelo peso dos equipamentos sobre mim, eu poderia jurar que eram tão reais quanto quaisquer outros lugares em que eu já havia estado. Isso tudo sem nem mesmo dar três passos em uma pequena de alguns poucos metros quadrados.