Segundo estudo, sexo casual pode causar depressão e pensamentos suicidas Nunca o sexo sem compromisso foi tão frequente entre as pessoas gplus
   

Segundo estudo, sexo casual pode causar depressão e pensamentos suicidas

Nunca o sexo sem compromisso foi tão frequente entre as pessoas

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Hoje em dia, muitas pessoas optam por viver um “relacionamento casual” com alguém, onde a luxúria e o prazer são sempre bem-vindos e os sentimentos ficam de fora. Afinal, nem todo mundo quer (e precisa) ter a responsabilidade de assumir um relacionamento sério.

Mas, tanto “pega e não se apega” pode fazer mal para algumas pessoas: um estudo realizado pela Universidade do Estado da Califórnia, com cerca de 4 mil estudantes, concluiu que jovens-adultos que praticam sexo casual apresentam maior tendência a sofrer de depressão e ter pensamentos suicidas.

Todos os estudantes que participaram do estudo preencheram um questionário sobre autoestima, satisfação com a vida e sensação de bem-estar. Do total, 11% disseram ter feito sexo casual nos últimos 30 dias – “sexo casual”, para a pesquisa, era sexo com alguém conhecido há pouco tempo, no máximo uma semana. Coincidentemente, estes eram os que tinham apresentados os menores níveis de autoestima, felicidade e satisfação com a vida. O restante, disse não se sentir bem e nem mal, mas indiferente. 

Os pesquisadores acreditam que esses sentimentos estejam associados a arrependimento, porque a maioria das pessoas que fazem sexo com recém-conhecidos acabam se arrependendo logo em seguida. Aí bate aquela bad: sensação de vazio, depressão, rejeição e tristeza com a vida. Se tudo tiver rolado durante uma bebedeira, então, pensamentos suicidas ainda podem piorar a saúde metal do arrependido.

“Normalmente, nós fazemos sexual casual como uma forma de autoafirmação, não para se sentir bem. Quando ele termina, vemos que aquilo não mudou nada e logo o que sobra é o sentimento de vazio. A excitação aumenta na hora do ato e depois o sentimento de vazio vem maior do que antes. Se isso acontece com uma pessoa que já tinha sintomas de depressão ou ansiedade, tal ato pode fazer ainda mais mal a ela, comparando-a com uma pessoa normal”, explica a sexóloga Nick Goldstein, em entrevista ao site Cosmopolitan

O estudo concentrou-se principalmente em estudantes do sexo masculino, uma vez que são mais propensos a se envolver em sexo casual. 

A parte positiva, entretanto, foi quando se concluiu que estes jovens, ao estabelecer relações mais estáveis e esperar umas duas a três semanas antes de ter relações sexuais, obtinham um grau mais elevado de estabilidade e satisfação, que se prolongava, inclusive, até depois de já ter mais de um ano com o “pseudo-parceiro”. 


Nathalia Marques