Não importa a idade, a classe social ou o meio em vive, certamente você conhece ao menos um casal que fale entre si com voz de bebê.
Perguntada, a maioria das pessoas negam essa atitude e dizem achar brega, mas se existe tanta mulher que encara esse papel numa boa é porque deve ter muito marmanjo por aí que curte ser tratado como criancinha pelo amorzinho.
Segundo uma pesquisa feita nos Estados Unidos, 75% dos participantes (homens e mulheres) assumiram já ter usado em algum momento um linguajar “fofinho” com o parceiro.
E pasmem, de acordo com o estudo, casais que falavam desse modo entre si são mais felizes: demonstraram maior intimidade e segurança no relacionamento, além de estarem mais satisfeitos e terem uma vida sexual mais movimentada.
“Assumir um lado bobo e romântico sem economia cria um nível de intimidade mais elevado com a cara-metade”, explica o terapeuta Frederico Mattos. “Abandonar o papel de 'adulto normal' na maioria das vezes favorece o relacionamento”, sacramenta Fred.
A primeira fonte de afeto que recebemos é o amor paterno e materno. É de onde vem a proteção, a segurança e a sensação de que tudo vai ficar bem. Ao crescer, as pessoas transferem essa responsabilidade para a pessoa amada. Por isso é mais do que normal se deparar com esses casais mimimi, seja na novela ou na vida real.
“Encaro como um pedido de atenção. Meio que estou revelando nas entrelinhas 'sou frágil, cuida de mim' ”, conta a nutricionista Suzana Mourato, 29, que assume falar como bebê com o noivo de 32 anos em alguns momentos. “Muitas vezes é inconsciente”.
Agora se usar voz de criança no namoro é um padrão bastante comum, gostar ou não do formato é outra história.
“Não dá pra negar que eu ache um tesão uma guria vestida de colegial, com cara de sapeca me pedindo coisas toda manhosa”, confessa o engenheiro civil Renato Guimarães, 30 anos. “Mas passar por isso perto dos amigos ou em locais públicos, eu dispenso”.
“Já cheguei até a me questionar em relação à sanidade de uma ex-ficante. Ela falava simplesmente tudo com voz infantil, até pra me pedir pra colocar a camisinha”, conta o publicitário Fábio Salgado.
Os padrões de comportamento, em geral, são aprendidos socialmente. Então, se você não concorda com essa atitude de sua parceira, por mais que tenha explicações psicológicas, é hora de abrir o jogo. E com voz de macho, por favor!