Robôs sexuais: suas futuras parceiras de cama Futurologista afirma que em 2050 seres humanos farão mais sexo com robôs do que com sua própria espécie gplus
   

Robôs sexuais: suas futuras parceiras de cama

Futurologista afirma que em 2050 seres humanos farão mais sexo com robôs do que com sua própria espécie

Confira Também

A ideia de que a tecnologia pode ser usada para satisfazer os desejos sexuais já não é novidade. Para muitos, a pornografia e o sexo virtual já se tornaram rotineiras. Mas, e se a ciência avançasse a ponto de fazermos sexo com robôs? 

Pode parecer coisa de cinema futurista, mas não é. Robôs feitos exclusivamente para fazerem sexo começam a se tornar realidade e tendem a se desenvolverem cada vez mais.

Essa história toda começou em 2010, quando a empresa americana True Companion apresentou sua mais nova invenção: Roxxxy, a primeira boneca-robô do mundo feita para fins sexuais. Com feições humanas, a Roxxxy é dotada de inteligência artificial que possibilita interações com o usuário, como dizer coisas picantes ao ser tocada em partes “íntimas”, fazer pequenos movimentos e até apresentar variações de humor. Feita sob encomenda, a Roxxxy é personalizada ao gosto do cliente e vendida ao preço de US$ 7.000.

Além da True Companion, outras empresas começam a entrar nesse setor. Um exemplo é a também americana Abyss Creations. Especializada na fabricação de bonecas sexuais – semelhantes a seres humanos, mas sem inteligência artificial – desde o fim do século passado, a Abyss Creations passou a investir em programação para tornar a experiência sexual com bonecos ainda mais real. Atualmente, o principal produto da empresa, a RealDoll chega a produzir expressões faciais quando é acariciada.

Apesar da ideia de se relacionar com máquinas ainda dar seus primeiros passos, no futuro, fazer sexo com robôs pode ser muito mais comum do que imaginamos. No relatório “Future of Sex”, o futurologista (favor não confundir com vidente) Ian Pearson conta que em 2050 os seres humanos farão mais sexo com robôs do que com sua própria espécie.

Para o especialista, no começo a população ficará com pé atrás em relação a se relacionar sexualmente com robôs, mas logo vai se adaptar. “Na medida em que as pessoas se acostumarem com a inteligência artificial e com o mecanismo dos robôs, elas começarão a, gradualmente, construir fortes relações de afeto com as maquinas”, afirma Ian Pearson.

Há quem seja radicalmente contra a venda de robôs sexuais com inteligência artificial. Esse é o caso da Kathleen Richardson, especialista em ética robótica da Universidade De Montfort, da Inglaterra, que define o uso de robôs para fins sexuais como “desnecessário e indesejável”. Responsável pela Campanha Contra Robôs Sexuais, ela pretende pressionar por uma proibição do desenvolvimento de robôs sexuais e persuadir seus produtores a repensarem o uso dessa tecnologia.

“Robôs sexuais parecem ser um foco crescente na indústria de robôs e os modelos que se apresentam como mais atraentes - como eles vão se parecer, quais papeis eles vão desempenhar - são cada vez mais perturbadores”, diz Kathleen Richardson em entrevista à BBC. Ela acredita que a presença desses robôs podem deteriorar as relações sociais entre os seres humanos e reforçar a concepção de que o relacionamento entre duas pessoas não pode ir além do sexo.

 


Guilherme de Souza Guilherme