Combine sexo oral com proteção Você acha que está segura usando camisinha apenas na hora do sexo? Saiba que um simples boquete pode causar muitas doenças gplus
   

Combine sexo oral com proteção

Você acha que está segura usando camisinha apenas na hora do sexo? Saiba que um simples boquete pode causar muitas doenças

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Para algumas mulheres, o sexo oral representa o momento de maior prazer durante uma transa, isso porque, a sensação de ser penetrada muitas vezes não é tão gostosa quanto os momentos preliminares. Por isso, o sexo oral acaba ganhando importância ainda maior dentro da relação. Seja por medo de estragar este momento ou por acreditar que o sexo oral não representa riscos, o fato é que quase ninguém usa qualquer tipo de proteção nesta hora.

O problema é que a prática pode gerar contaminações muito semelhantes àquelas transmitidas via sexo tradicional, ou seja, você pode, sim, pegar HIV, sífilis, gonorreia, herpes e HPV, lembrando que o HPV pode levar ao câncer de língua, vagina e pênis, enquanto faz sexo oral. “A contaminação ocorre por meio do atrito das mucosas, se houver cortes ou feridas na boca e nos órgãos genitais, a chance de contaminação existe”, explica Dr. Amaury Mendes Jr., ginecologista e médico do ambulatório de sexualidade da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O médico ressalta também que, caso a pessoa possua gengivite ou esteja com a gengiva irritada no dia, as chances de contaminação aumentam, pois o machucado se torna uma porta de entrada para doenças. “A boca possui o mesmo número de terminações nervosas que a vagina e ambas são amplamente vascularizadas, para que haja contaminação bastam apenas feridas e atritos, logo o perigo existe”, alerta o especialista. 

Isso sem falar no caso que pessoas que sangram a boca ao utilizar fio dental ou mesmo ao escovar os dentes, ou que possuem cáries.  Praticar sexo oral com essas feridas não cicatrizadas significa abrir novas portas de contaminação. “Para aumentar a proteção também neste momento, as empresas inovam em camisinhas com texturas e sabores. Vi recentemente nos Estados Unidos alguns modelos bem fininhos, que imitam a pele e não reduzem tanto a sensibilidade”, afirma ele. Além disso, já estão disponíveis no Brasil opções com sabores e texturas diferenciadas, que buscam manter o clima com proteção. 

No caso do boquete, a camisinha deve ser colocada antes de tudo. Caso o homem é que vá realizar o trabalho, existem duas coisas que resolvem o problema da contaminação: o famoso filme plástico, aquele de cozinha mesmo, pode ser utilizado para “encapar” a vagina. Porém ele não é uma unanimidade, já que alguns médicos acreditam que o filme possui poros grandes, que possibilitam a contaminação. Outra opção é cortar uma camisinha masculina e utilizá-la para cobrir a vagina e evitar que a língua entre em contato direto com a mucosa vaginal. 

As ideias existentes não são nada práticas, é verdade, mas proteção nem sempre combina com facilidade. Caso o parceiro esteja contaminado com algum tipo de DST, engolir o esperma aumenta ainda mais a chance de contrair algum tipo de doença, o mesmo vale caso vale para  a mulher contaminada que vai receber sexo oral sem proteção. Agora, se ambos forem saudáveis, façam exames regularmente e haja confiança, não existe problema nenhum em engolir o esperma, já que ele é absorvido pelo organismo sem maiores problemas.