O mal-estar causado quando você está, por exemplo, lendo no ônibus ou no carro tem nome é tratado como doença. A cinetose, conhecida como “mal do movimento”, é um problema que acomete muitas pessoas e atrapalha outras atividades simples, como assistir a um filme em 3D, viajar navio ou observar a paisagem da estrada.

Mas isso não era um problema que a gente sentia quando era pequeno? Bem, para espanto da nossa classe, alguns marmanjos ainda sofrem com os sintomas dessa doença, como um quadro de náusea, com presença ou não de vômito, desmaio, vertigem e sur frio. 

É aquela situação em que você está no carro cheio de amigos indo para a praia no feriado e um dos caras pede para parar o carro porque está passando mal. É mais fácil isso acontecer num fim de semana comum, já que os automóveis praticamente não saem do lugar por conta dos congestionamentos nas datas festivas. 

Tal distúrbio acontece quando o cérebro recebe informações desconexas. “Essas alterações são causadas por solavancos, acelerações, desacelerações e movimentações rítmicas ou bruscas que acontecem durante viagens de carro, navio, barco ou avião e até mesmo em parques de diversões ou outros ambientes de realidade virtual”, explica a otorrinolaringologista Shirley Pignatari, otorrinolaringologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Apesar de afetar pessoas de todas as idades, as crianças desenvolvem mais comumente o problema. Mais um motivo para um sujeito crescido tomar vergonha na cara e buscar um médico. O alívio para os desconfortos causados pela cinetose pode vir com a ingestão de medicamentos que agem diretamente sobre o labirinto e auxilia na redução dos efeitos e sinais desconexos.