Vegano? Sim, e com muito prazer!
A vertente do vegetarianismo criada por Donald Watson vem ganhando tantos adeptos em todo o mundo que o movimento vegano já alcançou até a indústria do sexo.
Pioneiro no ramo de brinquedos sexuais orgânicos, o sex shop Other Nature abriu suas portas há um ano em Berlim, na Alemanha. Na hora de descrever o negócio as idealizadoras, Anne Schindler e Sara Rodenhizer, não fazem rodeios: trata-se também de um sex shop feminista, alternativo e sustentável.
Citado pela mídia internacional como o “primeiro sex shop vegano da Alemanha”, a loja vende somente produtos que não contenham susbtâncias de origem animal: vibradores de silicone biodegradável, lubrificantes ecológicos e chicotes feitos de pneus de bicicleta.
Peças que contenham compostos químicos tóxicos, como o ftalato -- usado para tornar o plástico mais flexível -- estão fora da prateleira. O lema aqui é: brinquedo tóxico não dá tesão.
Além disso, o sex shop ainda oferece workshops, aconselhamento e cursos para aprender a criar seus próprios brinquedinhos sexuais sustentáveis. Mas qual a vantagem direta disso? Bem, pelo menos o “consolo” delas não vai mais cheirar a “cortina de chuveiro após o uso”, brincam Schindler e Rodenhizer.
Os preços dos produtos, ao contrário dos alimentos orgânicos, não são abusivos por conta da preocupação ecológica. A filosofia da empresa criada pela dupla faz jus ao nome Other Nature. “Podemos ser tanto o anjo quanto o demônio, a virgem e a prostituta, a esposa ou a amante -- e muito mais!”, defende a descrição do site.
Embora não haja dados específicos sobre o público vegano no Brasil, as estimativas são expressivas. Segundo uma reportagem da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, cerca 7,6 milhões de pessoas são vegetarianas -- muitas delas, veganas. Será que a moda pega por aqui?