Seleções femininas de futebol invadem o game FIFA 16 Game desenvolvido pela EA Sports inclui, pela primeira vez, 12 times de mulheres em seu produto; quem testou a versão já aprovou gplus
   

Seleções femininas de futebol invadem o game FIFA 16

Game desenvolvido pela EA Sports inclui, pela primeira vez, 12 times de mulheres em seu produto; quem testou a versão já aprovou

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Apesar de parecer óbvio que mulheres também jogam futebol - e muito bem, obrigado -, como deixa claro a jogadora brasileira Marta, até agora as franquias de videogames de futebol achavam que o esporte era exclusividade dos homens. Talvez por medo de perder a clientela masculina ou simplesmente por ignorar a grande parcela de mulheres que, além de futebol, também gosta de videogame. Mas isso acabou com a edição 2016 do popularíssimo game FIFA, da Electronic Arts (EA), que teve sua versão demo liberada recentemente. 

Os desenvolvedores inovaram e surpreenderam.  Além dos times masculinos, há 12 seleções femininas para o usuário escolher e colocar no campo virtual: Austrália, Brasil, Canadá, China, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, México, Espanha, Suécia e Estados Unidos.

Para incluir mulheres no jogo, a EA capturou os movimentos corporais e o estilo de jogo de várias craques, como Christine Sinclair (Canadá), Alex Morgan (EUA) e Stephanie Houghton (Inglaterra).

Para o estudante Gabriel Cabral, de 20 anos, existia a preocupação de que as peculiaridades do futebol feminino, como dinâmica e ritmo de decorrida, fossem transferidas ao jogo. Porém, o FIFA 16 parece ter feito mais. "A EA Sports transmitiu com quase total fidelidade as peculiaridades do futebol feminino. Quem acompanha o futebol masculino e feminino percebe que eles se importaram em reproduzir as diferenças", completa.

Thais Arjones, também estudante de 20 anos, concorda com a adaptação feita para o jogo. "Apesar dos times masculinos ainda terem mais artimanhas e passes diferentes, dá pra perceber que as jogadoras possuem maior habilidade e agilidade", explica. Sobre a inclusão das mulheres no mundo do videogame e do futebol, ela completa: "É uma forma de mostrar que a mulher pode fazer tudo o que o homem faz, e muitas vezes até melhor. Passou o tempo em que mulher só gostava de Barbie". 

Bruno Pirro, estudante de 21 anos e fanático por videogames, testou a demonstração do jogo e disse que o fato de o FIFA ter a presença de times femininos é um dos principais pontos para que ele queira comprar o FIFA 16 e não o PES 2016, jogo concorrente. 

Assim, o jogo não só disparou na frente dos concorrentes, como também ganhou o respeito de muitas mulheres que, pela primeira vez, podem se sentir representadas no mundo que interliga futebol e videogame, dois universos que não deviam ser exclusividade masculina. 

Fernanda Guillen, 
repórter do AreaM e AreaH.