6 curiosidades sobre o baralho Quase todo mundo joga, mas quase ninguém conhece os mistérios que estão por trás das cartas de baralho gplus
   

6 curiosidades sobre o baralho

Quase todo mundo joga, mas quase ninguém conhece os mistérios que estão por trás das cartas de baralho

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Por ser fácil de transportar, relativamente barato e muito divertido, o baralho é um jogo praticamente obrigatório no armário de um homem. Com certeza você já jogou algum jogo com cartas. Mas será que já parou para pensar de onde elas vieram?
O baralho surgiu há muito tempo e passou por várias modificações até se transformar no que é hoje. Não é sabido ao certo quando nem onde ele nasceu. O que se sabe é que os primeiros jogos de cartas jogados na Europa remetem à segunda metade do século XIV e pouco tinham a ver com os baralhos atuais.

O primeiro baralho a ser constituído de 52 cartas divididas em quatros grupos foi o tarô mameluco, que surgiu por volta do século XV, provavelmente na região norte da África. No entanto, o sistema de naipes como conhecemos hoje (paus, espadas, ouro e copas) só foi aparecer na França, lá para o século XVI. Nessa época, cada país da Europa possuía seus próprios naipes, que podiam ou não ter uma mensagem implícita. No baralho espanhol, por exemplo, os naipes de espadas, copas, ouro e bastos representavam nobreza, clero, comércio e camponeses respectivamente. 

A ideia de dar significado às cartas, porém, não se restringiu àquela época. Ainda hoje existem pessoas que acreditam que as cartas revelam segredos ocultos e que com elas seja possível ver o futuro. Pode parecer paranormal, mas o baralho carrega consigo muito mistérios e curiosidades pouco conhecidas. Confira algumas delas.

O surgimento do Curinga
Nem sempre o baralho contou com a presença do Curinga. Inspirado no Louco do baralho tarô (também conhecido como baralho cigano), o Curinga nasceu nos Estados Unidos em meados do século XIX. Mas, nos seus primeiros anos de vida, seu nome era outro: Imperial Bower. Imperial Bower era o nome da carta que era adicionada ao baralho para se jogar euchre, um dos jogos mais populares daquela época.

A carta da morte
Em toda a história, nenhuma carta causou tanta polêmica quanto o Ás de espadas, também chamado de “carta da morte”. Um dos fatos mais conhecidos que associam, de fato, a carta com a morte aconteceu no começo dos anos 30, quando o ítalo-americano Joe Masseria foi encontrado assassinado com um Ás de espadas na mão (cena digna de cinema, com todo o repeito pelos familiares do Joe Masseriao). Assustador. Mas, esse não foi um caso isolado.

Décadas depois, durante a guerra do Vietnã, os combatentes dos Estados Unidos utilizaram o Ás de espadas como uma arma de terror psicológico contra os vietcongues. Os americanos pensavam os vietnamitas viam o Ás de espadas como um sinal de que a morte está próxima. Então, para abalar emocionalmente os inimigos, eles colocavam cartas sobre os vietcongues que matavam.

Afinal, por que “Ás” em vez de “um”?
A explicação vem do latim. Em nossa língua-mãe, a palavra “Ás” significa “um”. Até hoje ninguém sabe quem teve a ideia de trocar o “um” pelo “Ás”. Porém, por mais que a língua germânica não derive do latim, muitos historiadores acreditam que os baralhos alemães tenham sido os primeiros a fazerem essa troca do um pelo Ás.

Cartas imperiais
Você já percebeu que cada figura nobre do baralho possui um formato de rosto diferente? Isso é assim porque cada um dos reis, valetes e damas são inspirados em personagens históricos. Veja quem são os figurões representados nas cartas.

Reis
Ouro – Júlio César
Copas – Carlos Magno
Espadas – Davi (rei de Israel)
Paus – Alexandre, o Grande 

Damas
Ouro – Raquel (esposa de Jacó)
Copas – Atena
Espadas – Judite (figura bíblica)
Paus – Elizabeth I (rainha da Inglaterra)

Valetes
Ouro – Sir Heitor (cavaleiro da Távola Redonda)
Copas – Hogier (primo de Carlos Magno)
Espadas – La Hire (comandante francês)
Paus – Sir Lancelot (também cavaleiro da Távola Redonda)

O jogo de 250 milhões de dólares
Calma. Ninguém seria louco de apostar 250 milhões de dólares (cerca de 885 milhões de reais) em um jogo de cartas. Esse “apenas” foi o preço que a famílias real do Catar pagou no quadro Os Jogadores de Carta, feito pelo pintor francês Paul Cézanne. Em 2011, quando foi arrematada, a tela com dois homens jogando baralho ficou conhecida por ser a obra de arte mais cara da história. 

Prato cheio para teóricos da conspiração
Algumas pessoas não enxergam o baralho apenas como um jogo de cartas e sim como algo cheio de simbolismo. E não é para pouco. Confira algumas coincidências, no mínimo, misteriosas presentes no baralho:

*Se somarmos o valor de todas as cartas, atingiremos o número 364, que somado ao curinga dá o mesmo número de dias que a Terra demora para dar uma volta completa ao redor do sol
* Os quatro naipes correspondem ao número das estações de um ano
*52 cartas representam o número de semanas que um ano tem
*13 é o número de cartas que um naipe possui e é a mesma quantidade de fases da lua


Guilherme de Souza Guilherme