Saiba por que vale a pena visitar a exposição Beatlemania Experience em SP

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John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Os quatro jovens de Liverpool que se eternizaram como os Beatles ao apresentar para o mundo músicas inesquecíveis como Let It Be, Yesterday, Don´t Let Me Down, Come Together, Twist And Shout, Yellow Submarine e Love Me Do ganharam a exposição Beatlemania Experience - The Beatles Biography em sua homenagem.

A mostra, de curadoria do jornalista e crítico musical Ricardo Alexandre, ocorre sob uma tenda de mais de 2 mil m² erguida no estacionamento do Shopping Eldorado, no bairro paulista de Pinheiros.

Além das mais de 1500 imagens raras que reconstituem a trajetória dos Beatles desde seu início, fornecidas pela Getty Images, estão disponíveis ainda centenas de itens clássicos, originais e réplicas, como roupas, instrumentos e discos, tudo distribuído em cenários que fazem alusão a importantes lugares da carreira da banda, como o The Cavern Club, local de nascimento do quarteto.

Quem quiser relembrar os sons clássicos da banda enquanto visita a exposição tem a opção de se perder por alguns minutos nas playlists criadas especialmente para a ocasião pelo Spotify, que disponibilizou pontos em cada cenário de acordo com cada período e estilo musical que fez parte do repertório dos Beatles, inclusive influências de músicos como Elvis, Arthur Alexander, Ray Charles e Denny Welch, que ajudaram a definir sua identidade.

Se você já é um velho fã da banda ou está (re)descobrindo apenas agora como era bom o rock dos anos 1960, época de grande efervescência cultural no mundo todo, essa exposição é a oportunidade de ir mais fundo na história de uma das bandas mais icônicas do último século.

O AreaH não perdeu tempo e foi conferir tudo.

A jornada pela história dos Beatles começa em 1957, quando John Lennon conheceu Paul McCartney durante uma quermese em que tocava com sua banda, os Quarrymen. No centro do cenário, um caminhão que servia de palco improvisado para o grupo exibe os instrumentos. Ainda é possível ter a chance de ver uma cópia do boletim de Lennon, relíquia de seus tempos no colegial.

Em seguida, o visitante se vê caminhando pela Matthew Street até a entrada do famoso The Cavern Club. Lá dentro, o clima escuro, as mesas, os cartazes de bandas e a música ambiente ajudam a recriar o bar que foi palco dos primeiros shows dos inexperientes Beatles. Os instrumentos utilizados pela banda, assim como as roupas de couro e as botas de bico fino que não lembram em nada os ternos que viriam a vestir depois, são exibidos em vitrines.

De lá, um trem simbólico (que faz alusão à viagem realizada pelo quarteto de Liverpool até Londres) transporta o público até o início do sucesso da banda e o fenômeno "beatlemaníaco" que contagiou a Inglaterra e, depois, o resto do mundo.

Jornais e revistas de época, dispotos em uma sala circular em que TVs antigas ocupam o centro, mostram o começo da fama em programas de TV de grande audiência, assim como a quantidade de produtos inspirados nos Beatles, que hoje podem ser considerados itens de colecionador. A influências dos "reis do iê-iê- iê" no Brasil não passaram despercebidas e famosos da música nacional relatam em vídeo seu primeiro contato com o quarteto britânico.

Apesar da proposta de levar o visitante para outra época, a exposição não economiza em tecnologia. Dois painéis interativos acionados pelo toque ficam ao alcance do público e mostram informações, fotos e vídeos da banda e, em uma sala escura, os fãs são transportados por meio de óculos de realidade virtual para um dos momentos mais marcantes da história do quarteto: o show realizado no estádio dos New York Mets. A encenação gravada, que não decepciona, fica por conta da banda cover All You Need Is Love.

Mais a frente, entra-se nos estúdios da EMI Recordings, onde os Beatles gravaram grande parte de suas músicas. Lá, é possível lembrar da fase mais espiritual e psicodélica da banda, fruto de uma viagem de meditação à India na qual os integrantes entraram em contato com uma nova cultura, novos instrumentos e um novo estilo musical, que passaram a utilizar em seu próprio trabalho, a exemplo dos discos Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e Abbey Road.

Um dos maiores símbolos dos Beatles, que se tornou famoso pela animação da música Yellow Submarine, se torna cenário na próxima parte da exposição, a qual permite entrar no submarino amarelo que dá nome à música e viajar na psicodelia das imagens no fundo do mar que passam pelas janelas da embarcação.

Depois de tirar uma foto em frente à Abbey Road, com direito a imitar a pose da capa do disco que leva o nome da rua, o público dá um salto no tempo até 1969 e "presencia" a última apresentação da banda antes de sua separação, realizada sem aviso no telhado da gravadora Apple. A banda cover novamente encarna os Beatles nesse momento marcante de sua história, dessa vez como um holograma 3D.

O fim da banda, no entanto, não é o fim da história de seus integrantes. Ao se aproximar do fim da exposição, cada músico recebe uma homenagem pelo legado deixado e seus feitos pós-Beatles são lembrados. Uma foto de John Lennon próximo a seus marcantes óculos redondos sobre o piano branco tocado na música Imagine fecham a visita, que deixa tanto fãs quanto leigos com um enorme sentimento de nostalgia e gratidão.