De acordo com uma pesquisa recente realizada pela seguradora Chubb Assistant, divulgada pelo site Business Insider, o Brasil ocupa a 3ª colocação no ranking dos países com maior risco de sequestro do mundo, ficando atrás apenas de Venezuela e México.

E nem mesmo os poderosos estão isentos: considerado um dos crimes mais covardes até mesmo entre criminosos, o sequestro pode virar trauma na vida de um refém.

Relembre os sequestros de maior repercussão no Brasil:

O caso envolvendo a filha de Silvio Santos foi um dos sequestros que mais repercutiram na mídia. Em 2001, após ser abordada na garagem de casa, Patrícia Abravanel ficou uma semana em cativeiro até ser libertada. Fernando Dutra Pinto, o sequestrador, foi perseguido pela polícia após ser encontrado em um flat em São Paulo, mas escapou e tornou a invadir a casa de Silvio Santos na fuga. Após negociações, o criminoso acabou se entregando. O sequestrador morreu em 2002 no centro de detenção provisória Chácara Belém II.

Em 2002, um dos sócios da antiga agência de publicidade W/Brasil (hoje W/McCann) e um dos publicitários mais renomados do país, Olivetto também foi vítima de sequestro. O empresário passou 53 dias em um espaço de cerca de 3 m² dentro de uma mansão no bairro do Brooklin, em São Paulo, alugada por sequestradores chilenos que exigiam US$ 18,5 milhões de resgate. O grupo acabou sendo preso e Olivetto foi libertado sem o pagamento do resgate.

Nascido na Lituânia, o ex-empresário e fundador da extinta rede de lojas de eletrodomésticos G. Aronson foi sequestrado em 1998, com 81 anos de idade, num período em que sua empresa já andava mal das pernas e enfrentava uma forte crise financeira. Após ficar 14 dias em um cativeiro, a família pagou R$ 117 mil de resgate aos sequestradores e Girz foi solto. O sequestro piorou ainda mais a crise da empresa e a rede G. Aronson foi à falência no ano seguinte.

Nem os filhos de Francisco estão imunes à covardia dos sequestradores. Em 1999, um dos irmãos de Zezé Di Camargo e Luciano também foi vítima de sequestro. Wellington Camargo, que é paraplégico, foi raptado em sua casa na cidade de Goiânia e ficou mais de 3 meses em poder dos criminosos. Para exigir os US$ 5 milhões de resgate, os criminosos chegaram a cortar a metade da orelha esquerda de Wellington e enviaram à família Camargo durante as negociações. O irmão da dupla foi libertado após o pagamento de US$ 300 mil.

Em 1989, o poderoso fundador e ex-dono do grupo Pão de Açúcar foi sequestrado por guerrilheiros chilenos do Movimento de Esquerda Revolucionária, que o mantiveram preso num cativeiro na zona Sul de São Paulo durante 6 dias em um cubículo com cerca de 3 m² e exigiam US$ 30 milhões para o resgate. Após 36 horas de negociações com a polícia, os sequestradores se renderam e libertaram o empresário.