Mesmo com a predominância do sertanejo universitário nos rádios, palcos e telas, ninguém pode dizer que o Brasil não é rico em estilos musicais. Mas alguns ritmos têm perdido força entre o público e, infelizmente, um deles é o jazz. Andre Hemsi, do Patavinas Jazz Club, acredita que os tempos áureos do estilo por aqui ficaram no passado: “Passamos por uma época muito boa para o jazz nacional entre os anos 60 e 70, em que nosso país era um dos principais celeiros de talentos mundiais”.

E enxerga uma maior perda para jazz instrumental que o vocal. Enquanto o jazz vocal conseguiu manter-se com músicos como Diana Krall, Michel Buble, Monica Salmaso e Nicole Borger e até Rod Stewart, que fez incursões pelo estilo na última década, o jazz instrumental não teve o mesmo êxito.

Mas, apesar do cenário desanimador, Hemsi garante que é possível ser otimista, tanto que ele faz parte de um grupo de 12 pessoas dedicadas ao jazz, mas sem se prender ao estilo. “A palavra ‘jazz’ pode ser usada em muitos contextos como demonstrado por Miles Davis.”

E ainda temos talentos com sangue tupiniquim: a Banda da Mantiqueira merece destaque, assim como a Soundscape Big Band e grandes músicos e compositores como Lupa Santiago, Daniel Maudonnet, Douglas Fonseca. O próprio Patavinas se prepara para lançar seu terceiro disco "Tranca a Porta e Joga a Chave".

 

Inspirados pelo otimismo do músico, fomos atrás do jazz no Brasil e escolhemos os melhores lugares para você curtir o ritmo de Charlie “Bird” Park, Clifford Brown e companhia.