O nu artístico francês agradece! As bailarinas do famoso cabaré parisiense Crazy Horse decidiram encerrar a primeira greve da história da casa de espetáculos, fundada há 61 anos, em Paris. Após um acordo com a direção do espaço, as dançarinas conseguiram um aumento de 15% em seus vencimentos.
Elas reclamavam que o salário de 2 mil euros não era condizente com a longa e extenuante jornada de trabalho, que envolvia a apresentação de 13 apresentações por semana, além da rotina de ensaios e troca de figurino e maquiagem. Para deleite dos frequentadores e turistas que estão na capital francesa, o espetáculo "Feu", criação do estilista de acessórios de moda Christian Louboutin, está novamente em cartaz.
O Crazy Horse não tem um apelo vulgar. O formato das produções é por projeção de iluminação cênica sobre as bailarinas, que podem ter motivos selvagens ou grafismos. Tratam-se de superproduções com cenários e acessórios de luxo.
O cabaré foi fundado, em 19 de maio de 1951, por Alain Bernardin, uma das personalidades responsáveis pela reconstrução cultural de Paris no pós-guerra. Seu propósito era homenagear a beleza do corpo feminino. Em seu passado glorioso, o CH recebeu celebridades do quilate de Alain Delon, Jean-Paul Belmondo, Salvador Dalí, Tony Curtis, o casal Aristóteles Onassis e Maria Callas, Sammy Davis Jr, Burt Lancaster, Karl Lagarfeld, Prince, entre muitos outros.