Todos os atores que já interpretaram James Bond, o 007, no cinema (até hoje) Saiba quem foram os atores a dar vida ao agente secreto mais famoso do cinema em mais de meio século de existência do personagem gplus
   

Todos os atores que já interpretaram James Bond, o 007, no cinema (até hoje)

Saiba quem foram os atores a dar vida ao agente secreto mais famoso do cinema em mais de meio século de existência do personagem

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Quando o escritor Ian Fleming criou um personagem "alto, moreno, caucasiano, de olhar penetrante, viril, porte atlético e sedutor, com idade estimada entre 33 e 40 anos, apreciador de vodka-martini" para protagonizar seus romances de espionagem, na época ele talvez não imaginasse que mais de 60 anos depois, James Bond ainda estaria em tão boa forma.

No cinema, o agente secreto de codinome 007 tornou-se icônico. No total, foram 24 filmes produzidos (até agora), em uma das franquias mais longevas da sétima arte. Mas, além de apresentarem as histórias do personagem para um público maior, os filmes ainda ajudaram a tornar conhecidos atores como Sean Connery, Roger Moore e Daniel Craig, além de várias Bond Girls que já passaram pela tela e pela cama do espião. 

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Por isso, em homenagem a essa figura ainda tão presente e importante no imaginário masculino e aos intérpretes que deram vida a ele, reunimos, a seguir, em ordem de aparição, todos os atores (todos mesmo, sem exceção) que já tiveram o privilégio de apresentar-se como "Bond, James Bond" nas telonas. Confira:

The Morning GIF: Bonding
The name is Bond. James Bond. James Bond. James Bond. James Bond. James Bond. James Bond.
Skyfall is a smash, predictably. What Bond movie hasn’t been, no matter how ill-suited the particular Bond (Woody Allen, anyone?)?...

#1 - BARRY NELSON

Quem vê o gerente do macabro Hotel Overlook no filme O Iluminado (1980), de Stanley Kubrick, não imagina que ali está presente o primeiro ator a interpretar James Bond na história. Não em um filme, como os atores que o sucederiam, mas em um único episódio da esquecida série televisiva Climax!.

O episódio em questão, o terceiro da primeira temporada, é uma adaptação de 48 minutos do romance "Casino Royale", a estreia de 007. Exibido em 21 de outubro de 1954, o episódio tinha algumas diferenças do material que serviu de base: o Bond de Barry Nelson é chamado de "Jimmy", não James, e ele é um agente americano da "Inteligência Combinada", não um britânico que serve ao MI6. Já a trama segue com pouquíssimas diferenças em relação ao livro.

Após sua exibição, o episódio foi praticamente esquecido até a década de 80, quando o historiador Jim Schoenberger encontrou parte do material. Os direitos do programa, assim como os do filme Casino Royale de 1967, foram adquiridos pela Metro-Goldwyn-Mayer para a produção do filme estrelado por Daniel Craig em 2006.

#2 - SEAN CONNERY

Oficialmente o primeiro James Bond do cinema, o escocês Sean Connery é lembrado hoje como o responsável pela popularização dos filmes de espionagem durante os idos de 1960. E não é para menos: o personagem "raiz" de Connery fumava sem restrições, bebia em excesso e não deixava uma mulher sequer fora de sua lista de conquistas - ou seja, tudo o que um homem admirava em outros homens na época.

Ao todo, Sean Connery protagonizou 6 filmes oficiais da franquia: 007 contra o satânico Dr. No (1962), Moscou contra 007 (1963), 007 contra Goldfinger (1964), 007 contra a Chantagem Atômica (1965), Com 007 Só Se Vive Duas Vezes (1967) e 007 - Os Diamantes São Eternos (1971). O ator retornaria ao papel ainda em 1983, no filme 007 - Nunca Mais Outra Vez, uma refilmagem não-oficial e fracassada de Chantagem Atômica.

#3 - DAVID NIVEN

Após quatro filmes, Sean Connery já havia se estabelecido como "o" James Bond quando, em 1967, a comédia de espionagem Casino Royale, uma produção não-oficial, estreou. Dessa vez, o papel do agente secreto foi dado ao ator britânico David Niven, colecionador de uma filmografia de respeito que incluía a comédia clássica A Pantera Cor-de-Rosa (1963).

Niven interpreta um Sir James Bond já aposentado que é forçado a voltar à ativa quando a organização criminosa SMERSH elimina os principais agentes secretos em ação. Porém, ao contrário de quaisquer outras versões do espião, ele é mostrado como um celibatário e amante de jardinagem (não, você não leu errado). O filme ainda brinca indiretamente com o Bond de Connery que, segundo o personagem principal, teria "roubado" seu nome e codinome após sua aposentadoria.

Completam o elenco Peter Sellers como o agente Evelyn Tremble, Ursula Andress (que já havia interpretado a Bond Girl Honey Ryder em 007 contra o satânico Dr. No) como Vesper Lynd, Orson Welles como Le Chiffre e um novato Woody Allen como Jimmy Bond, sobrinho de James e líder da SMERSH.

#4 - GEORGE LAZENBY

Barry Nelson pode ter sido o James Bond mais facilmente esquecido, mas a posição de 007 mais subestimado pertence a George Lazenby. O ator substituiu Sean Connery no sexto filme da franquia 007, A Serviço Secreto de Sua Majestade, mas o resultado passou longe do esperado: críticos e público odiaram o longa e a carreira de Lazenby como o agente foi encerrada após seu primeiro e único filme. 

Segundo o próprio Lazenby, ele mesmo teria recusado participar da continuação 007 - Os Diamantes São Eternos, apesar dos produtores afirmarem que a "demissão" tivesse sido motivada por um desentendimento entre as partes. Outra versão conta que o contrato para mais sete filmes era demais para o ator, que ainda estava no começo da carreira e desejava explorar outros papéis. Seja como for, Lazenby jamais voltaria para uma sequência. 

Hoje, a opinião sobre Lazenby como Bond é dividida: enquanto uns apontam o ator como principal motivo para o fracasso do filme, outros o defendem como o Bond mais fiel aos livros de Ian Fleming. Seja como for, George Lazenby teve sua contribuição para que James Bond se tornasse tão popular.

#5 - ROGER MOORE

Se alguém perguntasse quem foi o James Bond mais popular do cinema, não há dúvida de que o nome de Roger Moore seria o primeiro da lista. O ator, falecido em maio de 2017, aos 89 anos, ainda detém o recorde de mais vezes na pele do agente secreto: ao todo foram sete filmes. 

Roger Moore redefiniu o 007 para uma nova época, interpretando-o com um tom mais leve e humorístico, inédito. Isso sem deixar de lado as principais características do personagem: o Bond de Moore ainda era muito bom de briga, dirigia carrões cobiçados, era elegante da cabeça aos pés, sabia apreciar uma boa bebida de vez em quando, nunca dispensava uma bela mulher. 

Não é exagero algum afirmar que a "era Moore" foi a mais marcante da franquia 007. Marcada pelos exageros que contaminaram grande parte dos filmes de ação da época, a contribuição de Moore ao legado de James Bond é uma das divertidas e fez toda uma geração de homens acompanharem as missões de 007.
 
#6 - TIMOTHY DALTON

Depois da "era de ouro" da franquia, coube a Timothy Dalton substituir Roger Moore. O convite para interpretar o agente secreto mais famoso do cinema, no entanto, veio bem antes de 1987, quando Dalton fez o primeiro de dois filmes como o personagem. O ator, na época com apenas 25 anos, mas já reconhecido profissionalmente, recusou participar do projeto por considerar a si mesmo muito jovem para o papel e pela pressão em substituir o veterano Sean Connery.  

Foi na pele de Dalton, que estrelou os filmes 007 - Marcado para a Morte (1987)e 007 - Licença Para Matar (1989), que James Bond teve sua retratação mais humana e realista até então. Apesar de não faltarem críticas à atuação do ator, houve também quem elogiasse sua escolha de interpretar um 007 com fraquezas e falhas, muito mais próximo a sua contraparte literária do que seus predecessores.

A "aposentadoria" de Dalton na franquia 007 veio antes do esperado -  o ator tinha contrado para três filmes, dois quais apenas dois saíram do papel. A recissão do contrato aconteceu, dizem, porque Dalton estaria descontente com a espera de cinco anos para fazer a sequência de Licença Para Matar, em função de entraves jurídicos entre os produtores e os detentores de direitos autorais.

#7 - PIERCE BROSNAN 

O fim da Guerra Fria exigia um James Bond mais moderno e renovado, e este foi Pierce Brosnan. A estreia do ator como o personagem aconteceu em 1994, no filme 007 contra GoldenEye. Ele ainda voltaria como protagonista nas sequências 007 - O Amanhã nunca Morre (1997), 007 - O Mundo Não é o Bastante (1999)e 007 - Um Novo Dia para Morrer (2002). Foi durante esse período de renovação e rejuvenescimento que a franquia voltou a fazer sucesso e quebrar recordes de bilheteria.

A conexão de Brosnan, porém, com o personagem já era muito mais antiga - foi Sean Connery, no papel, que o motivou a tornar-se um ator. Aos 28 anos, Brosnan visitou o set de gravações de 007 - Somente Para Seus Olhos, quando Roger Moore ainda era Bond. Na época, o ator era casado com a atriz Cassandra Harris, que trabalhava no filme. Ao vê-lo, o produtor  Albert Broccoli teria dito "se este cara souber atuar, ele é meu próximo Bond".

O contrato de Brosnan com a série televisa detetivesca Remington Steele impediu que o ator assumisse o papel logo depois de Moore, mas a saída repentina de Timothy Dalton da franquia abriu as portas para que ele finalmente aceitasse o personagem. O resto é história.

#8 - DANIEL CRAIG

O atual James Bond, Daniel Craig, tinha uma carreira mais tímida quando foi escolhido para interpretar o personagem, em 2006, no filme Casino Royale, que serviu de reboot para a franquia. Mas não precisou muito tempo para perceberem que a escolha tinha sido a certa: Craig foi elogiado - mereceu inclusive uma indicação ao BAFTA Award - e o filme teve a maior arrecadação da franquia até então.

A sequência de Casino Royale, Quantum of Solace, veio dois anos depois e, em 2012, estreou aquele que seria considerado o melhor filme de Craig como Bond até então, senão o melhor filme de toda a franquia: 007 - Operação Skyfall. O vigésimo terceiro filme de James Bond marcou também os 50 anos da chegada do personagem aos cinemas e foi um enorme sucesso de bilheteria, além de ter saído vencedor nas principais premiações.

Em 2017 veio o quarto filme da "era Craig", 007 Contra SPECTRE, que tirou do esquecimento a organização criminosa chefiada pelo vilão Ernst Stavro Blofeld, principal inimiga do agente secreto em nos primeiros filmes. O filme recebeu críticas geralmente positivas, que elogiaram as sequências de ação, fotografia, as atuações e a atmosfera de suspense e ação. O vigésimo quinto da franquia, ainda sem nome, deve estrear somente em 2019 e Daniel Craig já foi confirmado na sequência.


Luis Carvalho