A Fox-Sony Pictures Home Entertainment lançou no dia 26 de março em locação e venda antecipada a épica aventura de Moisés em Home Video. Aclamado pela crítica, e com um elenco brilhante que conta com Christian Bale, Joel Edgerton, Sigourney Weaver, Aaron Paul e Ben Kingsley, Exôdo: Deuses e Reis, arrecadou mais de duzentos e cinquenta milhões de dólares no mundo inteiro. E para celebrar o sucesso, o título estará disponível em DVD e Blu-ray a partir do dia 15 de abril. E para comemorar tal façanha batemos um papo com um dos diretos mais cultuados de Hollywood: Sir Ridley Scott.

Com um curriculum recheado de sucessos como Alien, Blade Runner, Falcão Negro em Perigo e Gladiador, Ridley Scott é sem dúvida alguma uma das grandes referências no cinema americano. E nós do AreaH tivemos acesso a uma entrevista exclusiva com o diretor onde ele fala um pouco do processo de criação do seu mais recente sucesso, confira: 

Não foi extremamente difícil, caso contrário eu não teria tentado. Depois de conseguir um ótimo roteiro, o script passa a atrair grandes atores como Christian Bale. E quando eu tenho essa combinação, a criação do filme passa a ser prazerosa e isso facilita o processo. 

Quando eu comecei o processo foi-me oferecido o roteiro, que já havia sido escrito, e foi muito interessante, sem dúvida alguma interessante o suficiente para me ver envolvido. Depois disso, eu estava mais impressionado com o que eu não sabia sobre esse personagem Moisés. Então, quando eu li toda a história que eu não tinha ideia do quão importante esse personagem foi, e como ele era importante historicamente e religiosamente para a três maiores denominações. Então, eu ajustei o roteiro para alinha-lo com a maneira que eu o vi, e ao fazê-lo eu injetei um pouco de mim, criei a minha visão da história. O primeiro escritor, Jeffrey Caine, era  uma enciclopédia e de que fui educado o suficiente a respeito do processo para não ter que sentar e ler todo o Antigo Testamento como Christian fez. Na verdade, ele o leu cerca de três vezes e depois que o roteiro foi concluído e ele continuou: “Que tal se colocarmos isso em?” Enfim, eu tive todo cuidado e respeito com a história de Moisés, porque você não pode dizer a história toda. Se você contar toda a história fará um filme de 15 horas! Na verdade, poderíamos fazer uma sequência para isso, se tudo caminhasse bem. Eu não estou brincando, você poderia. Então eu tive que fazer seleções cuidadosas. Mas para mim não há paralelo com Gladiator. 

Eu vejo muito National Geographic, e você vê o verdadeiro mundo animal, onde as pessoas estão sentadas lá por dias fotografando os animais em seu próprio ambiente, e me influenciou neste filme. Eu vi um pedaço horrível de documentário sobre Madagascar onde houve esta enorme migração de moscas que atacaram barcos de pesca e mataram um pescador, porque ele respirou moscas. Eu fui a uma pequena biblioteca e vi o que devia fazer. Tenho visto pragas de gafanhotos, então eu queria me encaixar a realidade com as pragas.

Sim, temos o divertido Ewan Bremner, que interpreta o cientista da época, e o maravilhoso Indira Varma, que fez uma pequena parte brincando com uma sacerdotisa, e tudo era claramente sobre a propaganda. Era o auge da propaganda. Aqueles dois estavam destinados a uma punição, um enforcamento. Eu pensei que o filme precisava de um pouco de humor e sua punição foi o pouco de humor que eu coloquei lá.

Naturalmente, haverá uma conexão entre o que fizemos - uma história de 5.000 anos -, e as coisas que estão acontecendo hoje em todo o mundo, e que a única lição que parece que não aprendemos nada! Nós repetimos as mesmas coisas. Mas eu gosto de ser positivo sobre a maneira como o mundo parece ser, porque se você olhar para o mundo de hoje, em muitos aspectos, estamos melhor em muitas partes do mundo, do que éramos há 50 anos. Então você tem que ser otimista. Mas se você olhar para o panorama dos movimentos políticos e religiosos acontecendo agora, não aprendemos nada. Nada parece ter movido para frente.