O último dos Príncipes Em entrevista ao AreaH, Ronnie Von dá aula de elegância e garante: "Duvido que alguém goste de mulher mais do que eu!" gplus
   

O último dos Príncipes

Em entrevista ao AreaH, Ronnie Von dá aula de elegância e garante: "Duvido que alguém goste de mulher mais do que eu!"

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“Perguntei sobre você, meu querido! Ninguém me avisou que você já estava aí! Desculpe! Seja bem-vindo! Quer um café?”. Ronnie Von é um gentleman. Educado e elegante, nos recebeu em seu camarim, na TV Gazeta, antes do seu programa, Todo Seu, sucesso da emissora desde a estreia, em maio de 2004.

A partir de 2005, ganhou a faixa nobre da TV paulista, das 22h à meia-noite, de segunda a sexta-feira. O carismático Ronnie Von comanda a revista eletrônica com entusiasmo e desenvoltura e apresenta quadros de culinária, entrevista, música, moda, comportamento, saúde, entre outros temas.

O AreaH conversou com o Príncipe (“Não sou príncipe! Eu tenho os mesmos desejos, os mesmos problemas, as mesmas ansiedades de todos os homens comuns”) e recebeu conselhos valiosos desse romântico de quatro costados. Pegue seu caderninho, amigo macho, e não deixe passar as valiosas dicas de quem sabe do assunto:

- O homem que não dividir tarefa doméstica com a mulher, este está fadado ao mais absoluto caos que você puder imaginar. Esse vai para o fundo do poço mesmo! Não há mais espaço para brutalidade, para agressão. O homem moderno vai ter de dividir, mesmo.

- Duvido que alguém goste de mulher mais do que eu! Pode gostar tanto quanto, mas mais, acho difícil. Até na horizontal, não há quem goste de mulher mais do que eu!

- Nenhum homem chega em uma mulher! Ela é quem chega no homem!

Com vocês, o último dos Príncipes!

- Xico Sá escreveu que você foi o primeiro metrossexual que ele viu e que hoje é o mais elegante dos apresentadores. Para você, o que é ser metrossexual? Você se considera um metrossexual?
Imagina, amigo não vale! Essas histórias são engraçadas. Eu acho que isso é um problema cultural brasileiro. Nós somos rotuladores, por excelência. Se você é cantor, você é cantor. Se você é ator, você é ator. Se você for multifacetado, cantor e ator, você não é nada. É assim que funciona. Aí, alguém, formador de opinião, resolveu dizer que eu era metrossexual. Confesso a você que eu não sabia o que era isso. Fui tentar me informar. Descobri que era o homem que se cuida, que passa creme, que vai à manicure... Eu não faço absolutamente nada disso! Depois, começaram a me chamar de übersexual. Eu tive de me informar para saber o que era übersexual. De certa forma, é o metrossexual elevado à enésima potência ou algo próximo disso. Mas, eu não tenho atitude de metrossexual. Se, por exemplo, eu jamais permitir que uma mulher coloque a mão em uma maçaneta, pra abrir uma porta ou um carro, e isso é ser metrossexual, eu sou metrossexual! Se, depois de uma bela transa, eu mandar um caminhão de flores para uma mulher e isso aí é ser metrossexual, eu sou metrossexual! Enfim, esse tipo de comportamento, com pouco mais de delicadeza, talvez porque tenha convivido com o universo feminino – fui pai com guarda de filhos -, pode ser que tenham me levado para esse lado da metrossexualidade, se é que existe essa palavra! Olha, em termos de atitude comportamental, eu não faço nada, pode acreditar. Ah, tem uma coisa de metrossexual aí: eu seco o cabelo! Porque o meu laringologista me pediu e acabou virando um hábito. Eu tive pólipo de corda vocal e ele disse para secar o cabelo, mas nem isso eu fazia, no passado. Mas, honestamente, eu não sei o que é ser metrossexual. Se é esse tipo de atitude de gentileza, de um pouco mais de delicadeza, não só com as mulheres, mas com as pessoas, então, pode ser que eu seja!

- Como vê o macho atual, esse modelo mais bruto de homem hoje?
Eu, pessoalmente, tento me afastar, porque se você usar de algum didatismo pra ensinar um troglodita desse a ter um pouco de atitude, de civilidade, talvez ele não entenda. Se você usar de um aconselhamento, você pode ser chamado de imbecil, de “entrão”, de bisbilhoteiro, então eu procuro me afastar dessa gente. Eu não compactuo, aliás, porque pássaros de mesma plumagem sempre voam juntos. Você não vai ver, jamais, urubu voar com pardal, isso não existe! E nem beija-flor andar com tico-tico! A história é mais ou menos essa. O mundo imediatista fez com que as pessoas também ficassem imediatistas, voltadas para si, esquecendo-se que, na verdade, elas são animais gregários. Somos interdependentes, todos, somos todos irmãos, não existe autossuficiência e essa barbárie que a gente vê o dia inteiro, nas manchetes de jornal e nos programas de TV, embrutece as pessoas. Essa coisa de confinamento, que não traz, absolutamente, conteúdo algum para quem quer que seja, mas como todo mundo gosta de um olho de fechadura, então faz esse sucesso danado. Eu detesto, como toda a força do meu coração, e falo publicamente isso, inclusive no meu programa. Esse tipo de comportamento embrutecido não sei se vai ter muito espaço mais. Porque as pessoas estão, de alguma maneira, buscando mais cidadania, mais civilidade, estão mais ligadas ao problema ecológico, da água. Isso está virando um must e faz com que as pessoas passem não a se voltar para si só, para se interiorizarem e serem muito egoístas, mas pra dividirem. Afinal, nós somos gregários, somos animais sociais e temos de pensar na coletividade. Talvez, isso leve esse homem embrutecido, esse Neandertal, esse Cro-Magnon, a um tempo de reflexão, porque não vai haver mais espaço para ele no mundo moderno. O homem que não dividir tarefa doméstica com a mulher, este está fadado ao mais absoluto caos que você puder imaginar. Esse vai para o fundo do poço mesmo! Não há mais espaço para brutalidade, para agressão. O homem moderno vai ter de dividir, mesmo. Eu não sei em que almanaque está escrito que homem não pode fazer isso ou aquilo.

- Como vê a falta de educação/elegância do homem hoje? Essa história de conhecer a mulher na balada e adicionar no Facebook, conversar pelo MSN ou mandar SMS, como vê essa relação distante?
Eu acho isso a banalização absoluta de um processo de humanização. Você banaliza a sua própria existência. Não é isso, pode ter certeza. Tem de ter uma densidade psicológica maior, uma densidade emocional, porque somos animais emocionais. Isso me soa tão vazio, tão oco, tão NADA!
Eu vou confessar uma coisa, já que o site é de homens, eu vou dizer uma coisa pra você e pode ser até que eu seja recriminado por todo mundo. Duvido que alguém goste de mulher mais do que eu! Pode gostar tanto quanto, mas mais, acho difícil. Até na horizontal, não há quem goste de mulher mais do que eu!
Eu não posso entender, é uma coisa que me soa mal, uma pessoa que conhece outra na balada e começa a beijar na boca! Eu jamais faria isso. Porque eu tenho nojo! Eu não conheço a pessoa, sei lá o quê que é, onde é que eu tô enfiando a minha boca ou a minha língua, me perdoe essa grosseria! Mas, pensa bem! Uma amiga, uma conhecida, gente que, eventualmente, passou pela minha vida e que eu tenho algum contato, tudo bem, tudo certo. Mas, você conheceu uma pessoa numa noite, já sapecar-lhe um beijo na boca, sair e já transar, calma! Não é assim, eu não tenho esse espírito. É evidente que, muitas vezes, você olha para uma bonitinha e já tira a roupa dela com os olhos, claro. Mas tem de ter a coisa do glamour, a coisa da conquista. De um lado ou do outro. Isso, pra mim, é indiferente, mas há homens que não gostam das mulheres que têm um pouco mais de atrevimento. Já eu gosto! Agora, não conhece, saiu, beijou e “me adiciona aí no teu Face”... Ah, vá passear! Isso não tem densidade nenhuma! Isso não vale absolutamente nada. Isso é negar a própria humanização.

- Que tipo de gesto elegante do homem nunca sai de moda? Flores? Um jantar romântico?
Você vê? São estereótipos, são clichês, que estão aí, eu vou dizer, pelo menos desde a idade das trevas, desde o medievalismo. Porque na época do medievalismo, existia o galanteio, como existe até hoje. Então, qualquer galanteio não será passível de sair de moda, porque moda, quando você fala em moda, você fala em tendência, você fala em comportamento efêmero. Esses gestos não saem de moda, mesmo. Na verdade, o que acontece: você e a tua companheira, a tua bonitinha têm de ser conquistados todos os dias. Na recíproca também, senão fica via de uma mão só e não presta. O meu caso, por exemplo. Eu sou casado com a minha melhor amiga, ela era a minha melhor amiga e acabei casando com ela. Eu não sabia que ela era apaixonada por mim, mas quando descobri eu disse: ‘vem cá minha nega!’. Não há porque eu provar mais coisa nenhuma para ela, nós nos conhecemos há muito tempo, eu sou bem mais velho do que ela, tenho 10 anos a mais, e eu a vi pequenininha, sei quem é. Ela é uma pessoa doce, feita de açúcar, de mel, sei lá. O que eu tenho de fazer para que haja a manutenção dessa coisa sweet? É essa conquista diária.
Vou contar, por exemplo, uma coisinha que eu fiz essa semana. Nós mudamos para uma casa nova. Ela acordou e tinha uma flor do lado dela, com um bilhetinho, na mesa de cabeceira, criado-mudo aqui em São Paulo! Ela saiu, foi ao banheiro, escovar os dentes. Em cima da pia, outra flor, com outro bilhetinho. No corrimão da escada, em cima, outra, com outro bilhetinho. Quando chegou no final da escada, mais uma, com outro bilhetinho. Aí, quando chegou na mesa do café da manhã, tinham todas as flores reunidas com um bilhetão! Justifiquei a macarronada do domingo? Com toda a certeza! Mas, muito mais do que isso, é um gesto simples, uma bobagem e vou te dizer, inclusive: foram flores colhidas no jardim! Não comprei, não fiz nada! É o gesto. É qualquer coisa! É a lembrança de uma data, que nós, homens, não gostamos muito. Mas é preciso fazer força para se lembrar de uma data. É comprar uma lingerie bacana, uma calcinha e um sutiã. Você tá comprando pra você! Você quem vai tirar! É a última pièce de résistance! Então você compra pra você, compra uma bacana, bonita, linda! Essas bobaginhas é que fazem com que uma relação, no meu caso de 27 anos, vire 27 dias. Isso tem de se renovar.

Não é que você vá buscar imaginação de poeta ou fazer música, não! É esse gesto simples, que mantém a chama acesa! Lógico: em nenhuma circunstância, deixar que uma mulher faça nenhum esforço físico perto de você, que ela abra porta de carro, de casa, não faça isso! Eu tenho absoluta certeza que, por mais independente que seja a mulher hoje, por mais que ela tenha lutado pelos seus direitos e que seja, em 48% dos casos, a provedora da casa, segundo eu li em uma pesquisa, mesmo com tudo isso, ela precisa ser colocada em uma posição de fragilidade. É um problema de memória, de DNA! Você tem de continuar tratando como se ela fosse de vidro e eu vou dizer pra você: é de vidro blindado, temperado e à prova de bala, mas tem que transparecer como vidro.

- Você acha que essa mudança de lugar da mulher na sociedade deixou o homem perdido?
De certa forma, ficou deslocado, porque ele ainda não aprendeu a dividir, como eu falei antes. O meu medo não é nesse processo, é o inverso. Às vezes, a busca da liberdade faz com que as pessoas percam a mão, percam o norte. Hoje, será que a mulher tá mais livre? É bastante possível. Mas, ela também está promíscua! Você passa em uma banca de jornal e vai ver um monte de revista com mulheres em posições ginecológicas, como se fossem peças de alcatra penduradas em um açougue! Isso é ser livre? Isso é ter liberdade? Não é bem por aí, então acredito que haja também essa duplicidade de vias. Ela pode ser livre, mas não perder a mão, nem o norte para não ficar promíscua.

- E o que você acha do rótulo de príncipe?
Meu Deus, eu sou um homem tão comum! Não sou príncipe! Eu tenho os mesmos desejos, os mesmos problemas, as mesmas ansiedades de todos os homens comuns. Não tenho nada de ascendências nobiliárquicas, não! Eu vou explicar a você o que acontece. Há tempos atrás, um macho que tivesse um comportamento próximo ao meu, seria chamado de bicha, de mariquinha. Esse gestual da gentileza foi entrando em desuso e, de repente, o bom é o machão, que dá porrada ou que pega a mulher e sacode, segura pelo cabelo, esse tipo de coisa. Não que eu seja contra sexo apimentado com um pouco de agressões físicas, não é isso. Não é a minha praia, mas até respeito, há quem goste. Não é isso.

É a atitude grosseira, do machista latino-americano, isso me incomoda. Como está provado, do alto dos meus 67 anos de idade, que meu comportamento foi eternamente heterossexual, as pessoas se perguntaram: “então, esse cara é o quê? Ele tem comportamento de príncipe do século 18!”. Aqueles que andavam de lencinho pendurado, mas ralava a corte inteira! Então, de repente é isso, imaginam que eu sou um Casanova da vida, uma coisa por aí. Eu não tenho nada de príncipe, não, pelo contrário, as minhas preocupações são bastante próximas dos súditos e não das cabeças coroadas!

- E quem indicaria para o seu lugar, digamos assim? Existe algum príncipe hoje?
Eu perguntei um dia pra minha mãe, que era uma mulher extremamente elegante e morreu muito cedo, o que era ser elegante. Porque todo mundo dizia “como sua mãe é elegante!”, “a sua mãe é a pessoa mais elegante que eu conheço!”. Minha mãe era toda alinhada, se vestia bem. Enfim, cheguei para ela e perguntei, ainda garoto: “Mãe, o que é ser elegante?”. Ela disse: “Meu filho, ser elegante é não fazer o seu semelhante sofrer”. Eu nunca mais me esqueci disso! Então, todos aqueles que olham pros seus semelhantes e veem neles um espelho, ou seja, o seu próprio reflexo, todos são príncipes. Todos são seres que tiveram um momento de reflexão de entender que somos todos irmãos e que vale a pena você fazer com outra pessoa aquilo que você gostaria que fizessem com você. O processo não é “não faça com uma pessoa aquilo que você não quer que façam com você”. Não. Faça com alguém aquilo que você gostaria que fizessem com você. Isso é ser um príncipe!

- Dê conselhos para o macho de hoje conquistar uma mulher.
Nenhum homem chega em uma mulher! Ela é quem chega no homem! O processo é completamente diferente. A mulher é que dá abertura para você chegar e isso vem em um gesto, isso vem em um olhar, isso vem em uma atitude. E você acha que é o rei da cocada preta, porque você chegou mais e se deu bem. Isso não acontece. Ela te conquistou!

Nas formas mais primitivas da natureza, não só entre os mamíferos, os pássaros, todo mundo que vive essa fauna de onde nós estamos, de certa forma, ausentes e, muitas vezes, somos depredadores disso, você pode ver: quem escolhe o pássaro de melhor plumagem é a fêmea! Porque os genes desse macho de melhor plumagem têm de ser passados, para a perpetuação da espécie. Isso é intuitivo, que faz parte da natureza, não existe correlação racional, isso é instinto, tudo bem. Mas, é ela que escolhe! A leoa é que escolhe o leão e por aí vai. E o cara acha que é diferente com o ser humano? Não é mesmo! “Ah, que linda, vou chegar nela!” Vai chegar e vai tomar uma pancada! Se ela olhar, se ela levantar o olho pra você, vai, que vai dar tudo certo! Então, manual da conquista: espere uma atitude, um gesto ou um olhar! A partir daí, vai firme!

- Você disse que tem bom relacionamento com as ex. Como consegue? Qual o caminho a seguir quando acaba a relação?
Eu tenho bom relacionamento com uma ex-mulher, que foi a primeira, é mãe dos meus filhos, tivemos um casamento longo, tivemos uma separação dramática, é verdade, mas, como você bem sabe, quando você tem filhos, a sua ex-mulher é para sempre. Então, ex-mulher é para sempre, se você tiver filhos. Bem ou mal, eles já casados, os netos são os mesmos, as aspirações para o sucesso dos filhos são as mesmas. Então, eu mantenho um relacionamento saudável com minha primeira mulher. E só com ela. Com as outras, não, mesmo! Não conseguiria! Acho muito difícil o relacionamento depois do rompimento. Eu não teria talento para isso. No caso da minha primeira mulher, da Aretusa, é uma questão de dever. Eu me sinto no dever de ter um bom relacionamento com ela porque tivemos filhos juntos, constituímos uma família juntos. Acabou e tal, cada um pro seu lado, mas as famílias eram amigas e são até hoje. Mas, não conseguiria ter boa relação se fosse outro caso. Acho que esse bom relacionamento com minha ex-mulher é porque ela mora no Rio e eu aqui! E até porque, com ela, eu fui feliz, ela me ajudou a construir a minha vida, foi uma grande companheira, então tem esse lado também. Acabou o casamento? Acabou, mas não posso apagar o passado, isso não existe.

- Um livro de cabeceira para o macho ler sempre.
Existem vários livros para macho que eu poderia recomendar. Normalmente, esses livros embora tenham uma autoridade absolutamente contemporânea, todos foram escritos no passado. Eu aconselharia, por exemplo, Casanova, que é muito interessante. Eu aconselharia todos os grandes textos de Shakespeare, como por exemplo, “A Megera Domada”. Enfim, eu acho que os grandes clássicos, por mais que se transpareçam anacrônicos, eles são absolutamente atuais. Qualquer livro que fale de um relacionamento entre homem e mulher é recomendável.

- Um filme para qualquer macho assistir.
Só porque eu olhei para aquela mulher ali, que está aqui no meu camarim, a última, eu me lembrei de uma realização impecável do cinema, que foi Casablanca. Aquela é Ingrid Bergman, que pra mim foi uma das mulheres mais bonitas e talentosas, discriminada por uma sociedade hipócrita, que é a sociedade americana, porque se apaixonou pelo Roberto Rossellini, um grande diretor. Ela era casada com um dentista, me parece, obscuro e tal, tudo bem, e se apaixonou por outra pessoa. Ninguém é dono de ninguém. A nossa mente tem essa fragilidade. Quando a coisa é densa, quando o amor é verdadeiramente grande, não tem desvios, você não pula a cerca, você não vai atrás de outra mulher, porque você tem tudo ali. Agora, no caso dela, ela se apaixonou pelo Rossellini, que é uma pessoa muito interessante, jamais foi um homem bonito, no entanto, teve uma filha linda, grande atriz. E a Ingrid Bergman com o Humphrey Bogart no Casablanca, meu Deus! Aquela cena final...

- Uma cantada do macho para uma mulher.
É muito simples. “Você precisa de alguma coisa?”, basta isso. “Posso ajudar?”. Já cantou!


- Um prato para fazer a uma mulher.
Eu não acredito nessas histórias de pratos afrodisíacos, esse tipo de coisa. Pra mim, tudo isso é um mito! É preciso que você saiba, primeiro, do que ela gosta. Isso é fundamental para quem mexe com cozinha, que é o meu caso. Pra você não errar, você pode fazer uma entrada, que seja uma coisa simples, mas elegante. Logo depois, você pode vir com um peixinho. Se ela não gostar, você tem uma massa ao lado já. E o final pode ser uma ave ou uma carne, as duas coisas. Ela vai gostar de alguma delas! Uma sobremesa que tenha alguma coisa ligada a chocolate, porque aí não tem erro, já ganhou! E, depois, um licorzinho, o mais docinho possível, tá resolvido!

- Uma música para uma mulher.
Eu diria Night and Day, do Cole Porter, que tem um texto maravilhoso, e Eu Sei Que Vou Te Amar.

- Muito obrigado, Ronnie. Foi um prazer.
Meu prazer!