Arriscado e prazeroso, o mergulho é um dos esportes radicais mais cobiçados pelos amantes do duo aventura x natureza. Em um país como o Brasil, dono de uma beleza natural privilegiada, o esporte se torna uma experiência fascinante. Para começar, existem três tipos de mergulho, o livre, que dispensa o uso de qualquer equipamento para a respiração subaquática, o dependente, onde a respiração é feita com o auxílio de aparelhos a partir da superfície e o autônomo, quando o mergulhador carrega seu próprio cilindro. Escolha o que tem mais a ver com você.
Tome nota
Como em todo o esporte de risco, é preciso tomar certos cuidados, afinal de contas sair mergulhando por aí não é para qualquer um. Por motivos óbvios, o mergulho, se feito sem o acompanhamento de especialistas, pode causar sérios problemas. Imagine só dar de cara com animais esquisitos ou de repente ficar sem o auxílio do respirador artificial. Pois para que estes imprevistos sejam evitados, é necessário investir em estrutura e procurar por escolas especializadas.
"Para participar de qualquer operação de mergulho é obrigatória a apresentação do certificado, pois isso mostra ao operador que o interessado passou pelo treinamento necessário e é sabedor das regras e limites do mergulho autônomo. Isto contribui com a segurança da operação e também para manter nosso esporte como um dos mais organizados do planeta," diz Glaucio Magnossão, mergulhador há 24 anos e instrutor desde 1994.
Antes de se aventurar no mar pela primeira vez é preciso atender alguns requisitos. "Com uso do método de ensino e equipamentos modernos, a restrição à prática do mergulho é muito pequena. Entretanto, é imprescindível que o interessado saiba nadar e tenha um preparo físico mínimo. A partir dos 10 anos de idade já é possível se inscrever no curso básico de mergulho," diz.
Com várias etapas, os cursos oferecidos aos marinheiros de primeira viagem são bem puxados e duram em média cinco dias. "O curso básico (teoria e prática de piscina) é acontece durante uma semana, com três horas diárias. Aos finais de semana as aulas são ministradas em período integral. Para ser aprovado, é necessário passar pela prova de mar, que acontece em um fim de semana," explica Glaucio.
Ainda visto como uma espécie de esporte elitizado, o mergulho não é uma das práticas mais baratas do mercado. O chamado curso open water, por exemplo, custa em média 350 reais, já com todos os equipamentos scuba, cilindros, reguladores e coletes. O usuário só precisa providenciar máscaras, o snorkel (respirador) e nadadeiras.
Admirado no mundo inteiro por sua abundante beleza natural, o Brasil é um dos países mais procurados pelos amantes do mergulho. Dentre os pontos mais visitados estão o nordeste e costa do sul e sudeste. "No Brasil, os lugares preferidos dos mergulhadores são Fernando de Noronha, em São Paulo, Santos e Ubatuba. No Rio de Janeiro, Paraty e Angra dos Reis são bem populares," afirma Glaucio, instrutor da Aqualander de São Paulo.
Feito com cuidado e planejamento, o mergulho é uma das experiências mais incríveis do mundo. O contato direto com a natureza não tem preço. Entretanto, os usuários precisam respeitar seus próprios limites e também o meio ambiente. Antes de literalmente cair na água, é preciso ter certeza de que a área escolhida não é um espaço de preservação guardado pela marinha. Depois de tudo isso, é só aproveitar e se divertir!