A maioria dos campeonatos nacionais de futebol na Europa começou no último fim de semana, mas por conta da crise financeira que impediu os clubes de fazerem grandes contratações, o panorama é praticamente o mesmo da temporada passada. Apenas o Paris Saint German destoou dos outros ao abrir o cofre para trazer nomes de peso, como Ibrahimovic, Thiago Silva (ambos ex-Milan) e Lavezzi (ex-Napoli).
Até os ingleses do Chelsea e Manchester City, bancados por empresários bilionários, não causaram alarde no mercado. O Blues, atual campeão da Champions, trouxe Oscar, ex-Internacional, e o belga Hazard, que brilhou pelo Lille nos últimos dois anos na França. Já o City, que conta com um elenco estelar e é o último vencedor da Premier League, fez apenas uma contratação de destaque, o volante Rodwell, que defendia as cores do Everton. Já o United fez a transação mais bombástica da Terra da Rainha ao tirar, a peso de ouro (30 milhões de euros), o holandês Van Persie do rival Arsenal.
Na Espanha, como não poderia ser diferente, a disputa é polarizado por Barcelona e Real Madrid, que estão anos luz à frente dos outros adversários, que estão penando para pagar os salários de seus jogadores, já que o país é um dos mais afetados pela crise econômica europeia.
O novo Barça, que perdeu a referência de Guardiola no comando do time, trouxe o lateral Jordi Alba (ex-Valência), um dos destaques do bi da Eurocopa pela Fúria, e o zagueiro Song, proveniente do Arsenal. Já o Real de Mourinho não trouxe nenhum medalhão. Pelo contrário, já que não vê a hora de se livrar de Kaká. Mas os merengues exigem, no mínimo, R$ 50 milhões pelo brasileiro.
Na Itália, que no passado teve o campeonato de futebol mais rico do mundo, a situação piora a cada temporada. Afundado em dívidas, os clubes apelam para o escambo para reforçar seus elencos. É o caso da dupla Milan e Internazionale, que está preste a anunciar um troca-troca envolvendo Cassano, que defende o rubro-negro, e o “neroazzurri” Pazzini. A Juventus, que conquistou o Scudetto no último ano, casou um leve borburinho ao tirar o defensor brasileiro Lúcio da Inter. Isla, ex-Udinese, é outro destaque contratado pelo time de Turim. A primeira rodada da Série A acontece no próximo final de semana.
A França, que há muito tempo estava à sombra dos grandes centros, tem agora um postulante a gigante continental. Desde que foi adquirido pelo fundo de investimento Qatar Sports Investments (QSI), o Paris Saint Germain não tem poupado esforços para rechear seu elenco com grandes estrelas. Em pouco mais de um ano, o PSG torrou R$ 650 milhões em jogadores, com destaque para Ibrahimovic, Thiago Silva, Lucas (que só chega a Paris em janeiro) e os argentinos Lavezzi e Pastore. Dirigido pelo tetracampeão Leonardo e com o italiano Carlo Ancelotti na função de técnico, a expectativa dos investidores é grande.
Para fechar, o futebol alemão é outro com poucas novidades. Apenas o atual campeão, Borussia Dortmund, fechou com um reforço de impacto. Marco Reus, ex- Borussia Mönchengladbach, foi comprado por 17,5 milhões de euros. A alegria dos torcedores e dirigente foi dupla, já que Reus é um dos maiores talentos do país e o clube conseguiu bater a concorrência do rival Bayern de Munique, atual vice-campeão da última Liga dos Campeões da Europa, que teve movimentação discretíssima no mercado, assim como os outros times da Bundesliga.