Clubes X Seleção Brasileira Excesso de jogos e a não-interrupção das competições nas datas Fifa têm prejudicado muitas equipes, como o Santos de Neymar gplus
   

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Excesso de jogos e a não-interrupção das competições nas datas Fifa têm prejudicado muitas equipes, como o Santos de Neymar

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O Santos superou as expectativas ao conseguiu suportar as fortes investidas dos gigantes europeus, como Barcelona e Real Madrid, ao renovar, com salário no nível de qualquer craque internacional, o contrato de Neymar. Mas em 2012, o jogador fez parte de todas as listas do técnico Mano Menezes. Prejuízo e tanto para o Alvinegro Praiano.  

Somente no Brasileirão, dos 23 jogos disputados pelo Peixe, o craque da camisa 11 ficou fora de 10. Uma baita perda técnica para quem esperava o retorno de um investimento altíssimo. É notório que sem Neymar, o time da Vila Belmiro torna-se comum. Não à toa, o Santos encontra-se na metade inferior da tabela. Muito pouco para quem esperava lutar pelo título. 

Por conta disso, fica a pergunta: qual seria a situação da equipe de Muricy se seu principal atleta tivesse disputado todas as partidas da competição. O próprio técnico apelou mais uma vez à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que o atacante fosse poupado. Neymar, de 2010 pra cá, tem servido às seleções olímpica e principal numa maratona desgastante de compromissos.

Além da estrela santista, jogadores de outros clubes também são assíduos frequentadores das convocações de Mano. São Paulo, Corinthians, Internacional, Fluminense, Botafogo, Vasco e, mais recentemente, o Atlético-MG perdem de dois a três jogadores – alguns até quatro, que é o caso do Colorado, que conta com estrangeiros em seu elenco – a cada série de jogos das infames datas Fifa.

Infelizmente, nosso inchado e deficiente calendário não bate com o cronograma da entidade máxima do futebol. Diferente dos clubes europeus, que folgam em virtude das disputas das Eliminatórias de competições continentais ou mundiais e de amistosos, nossas equipes não têm o mesmo privilégio. 


Resultado, os times que mais cedem atletas às seleções nacionais entram em campo desfalcados de seus protagonistas. E num campeonato equilibrado como o nosso, um ponto que se perde pode fazer muita falta no fim da competição. Os últimos dois testes do Brasil, que já está classificado para a próxima Copa do Mundo, já que é o país-sede, foram contra as fracas África do Sul e China. A sensação das equipes foi de que cederam seus funcionários em vão.

O próprio Palmeiras, que luta contra o rebaixamento, fez um sacrifício enorme para que o centroavante argentino Barcos, que estava com o selecionado de seu país, pudesse enfrentar o Vasco, na última quarta-feira. O esforço foi desnecessário, já que o atacante entrou em campo visivelmente cansado e pouco produziu. O Alviverde perdeu por 3 a 1.

Nos amistosos que não são marcados em conformidade com o calendário da Fifa, os clubes têm o direito de não ceder ou mesmo negociar a dispensa do jogador. É o caso dos dois jogos entre Brasil e Argentina que vão acontecer nos dias 19 de setembro e 03 de outubro, na disputa que recebeu o nome de Superclássico das Américas. Em ambas as datas, o Brasileirão não terá rodada.

Para evitar atrito com as agremiações do Velho Continente, ficou determinado que apenas os atletas que atuam nos times dos dois países poderiam ser chamados. Logo, haverá grande diferença na escalação dos compromissos anteriores. E para quem está formando o grupo que vai defender nossas cores em 2014, os dois confrontos contra nossos maiores rivais será de pouca serventia. Pior, algum jogador pode se contundir, já que Brasil e Argentina nunca foi um encontro de cavalheiros.