40ª edição do GP Brasil de F1 AreaH dá dicas para quem vai ao autódromo e para quem vai acompanhar pela TV, mas quer ver os pilotos pela cidade. gplus
   

40ª edição do GP Brasil de F1

AreaH dá dicas para quem vai ao autódromo e para quem vai acompanhar pela TV, mas quer ver os pilotos pela cidade.

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O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 chega a 40ª edição em 2011. O primeiro GP no País aconteceu em 1972, no autódromo de Interlagos. De 1978 até 1989, o Rio de Janeiro recebeu a corrida, no autódromo de Jacarepaguá. No período, Interlagos passou por reformas e modernizações da pista. Em 1990, a prova retornou ao circuito paulistano.

Em 39 corridas no Brasil, foram dez vitórias de pilotos brazucas. O bicampeão mundial Emerson Fittipaldi (1972 e 1974) venceu três vezes, uma em 1973 e duas vezes em 1974, ano em que a prova também aconteceu em Brasília, além de Interlagos. José Carlos Pace, que dá nome ao autódromo de São Paulo, venceu no ano de 1975.

O tricampeão Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987) faturou a prova em 1983 e 1986. Como não se lembrar das duas vitórias de Ayrton Senna em Interlagos, em 1991 e 1993? No primeiro triunfo, no ano de seu tricampeonato – também foi campeão em 1988 e 1990 -, Senna assombrou o mundo ao vencer com apenas uma marcha e debaixo de chuva. Para completar, Felipe Massa teve duas vitórias no GP brasileiro, ambas pela Ferrari, em 2006 e 2008, quando quase se sagrou campeão da categoria. 

Em 2011, Massa é o único brasileiro com alguma chance de vitória. Bruno Senna (Renault) e Rubens Barrichello (Williams) têm pouquíssimas possibilidades. No último ano, o alemão Sebastian Vettel teve vitória fundamental em Interlagos. Depois, ele também faturou o GP de Abu Dhabi, último do ano, e se tornou campeão do mundo pela primeira vez.

Nos últimos anos, o GP Brasil ficou marcado por disputas acirradas pelo título. Quem não se lembra de 2008, quando Felipe Massa dominou a corrida do início ao fim e quase levou o campeonato? O inglês Lewis Hamilton conseguiu o quarto lugar na última curva e acabou campeão, para desespero dos torcedores presentes em Interlagos.

Diferente das últimas temporadas, a de 2011 já está decidida. Vettel se tornou o mais novo bicampeão da história da F1 e por antecipação, o que faz o GP Brasil, o último da temporada, ter outro significado. As equipes já projetam 2012 e até vão realizar testes nos carros com pensamento no próximo ano.

De qualquer forma, se você é alucinado por velocidade e ainda quer estar no autódromo de Interlagos nos três dias de evento, saiba que ainda há ingressos. Os preços variam de R$ 655,00 a R$ 2.590,00. Para comprar, além do site oficial, existem outros endereços online, alguns até com serviço de entrega em casa. Basta uma busca no Google com as palavras “ingressos GP Brasil F1 2011”.

Para quem já tem o pacote de três dias do GP, a programação começa às 10h de sexta-feira (25), com os primeiros treinos livres. Às 14h, as máquinas voltam a acelerar para mais uma seção de treinos livres. No sábado (26), o treino de classificação começa às 14h e tem uma hora de duração. A largada do 40º GP Brasil de Fórmula 1 está marcada para as 14h do domingo (27). Serão 71 voltas.

Fique atento com no horário de saída para a região do autódromo, já que, normalmente, há muito trânsito, principalmente em época de GP Brasil. Se você vai de carro, haverá bolsões de estacionamento indicados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), mas somente para sábado e domingo. Outras opções para deixar seu veículo são os shoppings SP Market e Interlagos.

Para quem vai e volta de táxi, serão oito pontos em torno do autódromo, nas avenidas Interlagos (dois pontos), Antônio Barbosa da Silva Sandoval, Feliciano Correia, Rubens Montanaro de Borba, Senador Teotônio Vilela, além das ruas Celso Lara Barberis e Jaquirana.

De ônibus, há alguns pontos de partida, como a Praça da República e o Aeroporto de Congonhas. Para ir de metrô/trem, pegue a linha 8 da CPTM na estação Barra Funda. Depois, vá de trem até a estação Osasco ou Presidente Altino. Em seguida, pegue a linha 9 e desça na estação Autódromo. O trajeto de ida e volta sai por R$ 20,00.


Para facilitar, veja e baixe o mapa de acessos e da região do autódromo de Interlagos aqui.

SERVIÇO

Evento: GP Brasil de Fórmula 1 2011
Quando: dias 25, 26 e 27 de novembro
Onde: Autódromo de Interlagos
Endereço: Av. Senador Teotônio Vilela, 261 Interlagos - São Paulo – SP

EU NÃO VOU!

Preços salgados, campeonato definido, poucas chances de vitória de algum piloto brasileiro. A não ser que você seja absolutamente fanático por F1 e, nesse caso, vai de qualquer forma aos três dias de evento em Interlagos, não há motivos especiais para acompanhar o GP Brasil no autódromo.

“Ah, mas eu quero chegar perto do meu ídolo!”. Sem problema. Na verdade, você pode chegar muito mais perto dele do que você pensa ou até do que se você fosse aos três dias de evento em Interlagos.

Sim, não é mentira. Por mais que sejam ídolos mundiais, milionários e sempre bem acompanhados, eles são de carne e osso. E frequentam os mesmos lugares que você!


“Mas, onde eles ficam?”, pergunta o alucinado por F1. Pilotos e equipes ficam hospedados em vários hotéis de São Paulo. Um deles é o Grand Hyatt, que fica na Marginal Pinheiros, próximo à Berrini, na zona Sul. O hotel está acostumado a receber pilotos e equipes todos os anos, já há algum tempo. 

“Ao longo dos anos, já se hospedaram Jenson Button, Sebastian Vettel, Mark Webber, Nico Rosberg, Adrian Sutil, Vitantonio Liuzzi, Kimi Raikkonen, Giancarlo Fisichella, Fernando Alonso, Jarno Trulli, entre outros. Jackie Stewart (tricampeão mundial e ex-chefe de equipe) e Stefano Domenicali (atual diretor esportivo da Ferrari) são outros nomes que ficaram aqui. Por questões contratuais, não podemos revelar os nomes dos hóspedes em 2011, mas podemos afirmar que algumas equipes se repetem todos os anos”, conta Thierry Guillot, gerente geral do Hyatt.

Guillot revela que não há isolamento de pilotos e equipes em relação aos outros hóspedes. Todos circulam livremente pelas dependências comuns do hotel. Há também muitos turistas estrangeiros, que vêm a São Paulo acompanhar o Grande Prêmio. Segundo ele, as equipes costumam fazer o checkout entre segunda e terça-feira. Assim, aproveitam um pouco do que Sampa tem para oferecer. No passado, segundo o gerente, algumas equipes já organizaram festas no hotel, mas hoje não é mais comum. 

“Tá certo, entendi. Mas, deve ser difícil ter acesso aos pilotos dentro dos hotéis. Onde posso encontrá-los?”, insiste o atento leitor do AreaH. O que o qualquer gringo macho gosta de fazer quando vêm ao Brasil? Comer churrasco! Eles adoram as churrascarias rodízio, que só existem aqui. Em semana de GP do Brasil, então, é quase certo encontrar pilotos em uma das ótimas churrascarias que existem em São Paulo.

Ramon Quiroga, gerente do Barbacoa do Itaim, conta que a churrascaria recebe, todos os anos, vários nomes da Fórmula 1. “Já vieram Schumacher, Kubica, Massa, Barrichello, Vettel, Alonso. O único que nunca veio foi o Hamilton. Dos mais antigos, o Coulthard também já apareceu aqui. Os chefes de equipe também vêm”, lembra Quiroga, que trabalha no Barbacoa desde 2000.

O corte mais apreciado, pergunto. “Picanha! Eles adoram picanha. Não estão acostumados com o sabor e ficam loucos pela variedade de cortes. Mas, a preferida é a picanha”, revela. Para beber,  vinho, chileno ou argentino. Claro, muitos não deixam de tomar uma boa caipirinha, segundo Quiroga.  De sobremesa, creme de papaia é o que mais sai.

Além de pilotos, mecânicos, engenheiros e chefes de equipe, os jornalistas estrangeiros também são frequentadores das churrascarias em semana do evento em São Paulo. Quiroga diz que não há nenhum esquema especial para receber pilotos no Barbacoa. Os astros comem ao lado dos clientes. 

“A política da casa é receber a todos igualmente. Preferimos ser iguais com todos, em qualquer época do ano Mas, não deixamos os pilotos serem assediados por outros clientes. Eles vêm aqui para comer e não para tirar foto”, alerta o gerente. Em geral, os clientes respeitam os pilotos e pedem fotos ou autógrafos somente fora do estabelecimento. Ele diz que nunca teve problema com relação ao assédio. Quiroga ainda revela que há um aumento de 50% de clientes durante a semana do Grande Prêmio do Brasil.

Outra churrascaria que lota de pilotos e nomes ligados à F1 é a Vento Haragano, na avenida Rebouças, zona oeste de São Paulo. O gerente da casa, Renato Dabroi, diz que, normalmente, os pilotos vêm em turma, acompanhados de outros membros de suas equipes. Segundo ele, há mais de 10 anos o Vento Haragano tem clientes da Fórmula 1 durante a semana do GP Brasil.

Em 2009, nos dias da prova em São Paulo, o restaurante até exibiu o carro usado por Fernando Alonso na temporada de 2005, da equipe Renault. Um chamativo a mais aos loucos por velocidade. 


Já o Fogo de Chão, outra tradicional churrascaria não só no Brasil, mas também em várias cidades no exterior, recepciona astros da F1 desde 1986, quando a rede abriu a primeira loja na capital paulista. É possível encontrar o espanhol Fernando Alonso na unidade de Santo Amaro, Vettel na loja da Vila Olímpia e Felipe Massa em Moema. Se tiver sorte, você pode até encontrar os três em uma mesma loja do Fogo de Chão. O inglês Lewis Hamilton é outro que se tornou cliente fiel da churrascaria e não deixa de aparecer em uma das unidades.

Jandir Dalberto, presidente para operações no Brasil do Fogo de Chão, revela que cultiva amizades antigas com pilotos da categoria. “Ayrton Senna era um grande amigo. Durante sua trajetória nas pistas do automobilismo mundial, fazia questão de nos visitar. Hoje, tenho uma grande afinidade com Jenson Button, torço por ele. Outros pilotos também são muito próximos, como o Schumacher, que tem sua mesa cativa em nossa loja de Santo Amaro”.

Dalberto conta quais são os cortes favoritos entre o pessoal da Fórmula 1. “Atualmente, tem sido o Shoulder Steak, lançado o ano passado pela rede, e que é o primeiro corte da parte dianteira do boi utilizado na alta gastronomia. Mas, é claro que a picanha não deixa de ficar entre os cortes mais pedidos pelos pilotos”, ressalta.

E a bebida, pergunto. “Os pilotos da F1 não saem da loja sem pedir uma das bebidas brasileiras mais típicas: a famosa caipirinha, que no Fogo de Chão é preparada com a cachaça da própria marca, produzida na Serra Gaúcha”, responde, acrescentando que o movimento da casa tem aumento médio de 40% durante os três dias de GP Brasil.