Os pneus já estão aquecidos e os motores, ligados. Se você estava com saudades da Fórmula 1, pode se animar que o apagar das luzes está próximo. A temporada 2016 da competição automobilística mais popular do mundo está prestes a começar. A largada será dada no dia 20 de março, em Melbourne, Austrália, mas os tradicionais testes de inverno acabaram e o Pit-Lane trouxe uma série de novidades para o Grid. Procurei os especialistas em Fórmula 1 Fábio Seixas, colunista da Folha e chefe de reportagem do Sportv e Claudio Carsughi, um dos maiores conhecedores do universo automobilístico e listei cinco motivos para você não deixar de ver a Fórmula 1 em 2016.
1.Treino Classificatório remodelado.
A principal novidade fica por conta da mudança de regulamento na disputa pela poleposition. O novo formato, que se assemelha ao modo elimination existente nos games de Fórmula 1, será disputado em três baterias (Q1, Q2 e Q3). Na primeira bateria, os 22 carros vão para a pista e após sete minutos o piloto mais lento é eliminado. A partir daí a eliminação ocorre a cada 1m30s, restando 15 pilotos. Na segunda e terceira baterias, o processo é repetido, até sobrarem dois pilotos pela disputa da pole, que defenderão seu tempo nos últimos 1m30s. A decisão visa deixar a classificação mais dinâmica, obrigando as equipes a mandarem seus pilotos para a pista o tempo todo.
2. Escolha de Pneu.
Pneus sempre foram um dos itens de maior importância para o desempenho de um Fórmula 1 e para a temporada 2016 a Pirelli disponibilizará 13 jogos de pneus por final de semana de GP para cada piloto. A primeira novidade para essa temporada é a utilização do pneu ultra macio, que será usado somente nos circuitos de rua. Outra inovação é na escolha do tipo de pneu a ser usado. Até ano passado a Pirelli selecionava dois tipos e passará a escolher três, deixando os outros 10 jogos de pneu serem escolhidos de maneira individual por cada piloto. A nova regra tem como objetivo aumentar as possibilidades de estratégias de cada equipe, criando chances para que equipes menores possam se aproximar da favorita Mercedes, por exemplo.
3. Ferrari vs. Mercedes.
Há dois anos a Fórmula 1 sofre pela mesmice. As temporadas de 2014 e 2015 consagraram Lewis Hamilton e a equipe Mercedes como campeões do mundial de pilotos e de construtores, respectivamente. Mas esse ano as coisas podem ser diferente, os testes de pré-temporada mostram uma Mercedes muito forte, porém que começa a enxergar no retrovisor a aproximação das Ferraris de Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen. A expectativa é de que o reino da Mercedes acabe e a disputa pelo título possa voltar a ter um pouco mais de graça.
4. Equipe Haas.
A chegada da norte-americana Haas pode ser considerada uma das boas surpresas da competição. Mesmo apresentando problemas no sistema de combustível na segunda bateria de testes de inverno a equipe Haas mostra que a experiência nas tradicionais corridas da Sprint Cup, principal série da Nascar e a parceria firmada com a Ferrari, que forneceu, entre outras coisas, o motor, pode ser um excelente primeiro passo para uma estreante na F1.
5. O ronco dos motores.
Desde 2014 os motores V6 híbridos apresentam um pequeno problema para os apaixonados por corridas de carros, o silêncio. Mas para essa temporada o problema foi solucionado e a FIA decretou que todos os carros devem ter um turbo de escape separado que terá exclusivamente a função de fazer barulho. Essa medida visa trazer mais emoção para quem acompanha as corridas nos autódromos.
Sobre Bruno Rodrigues
Corintiano, radialista e jornalista com sérias tendências ao meio cinematográfico, é melhor torcedor do que jogador. Mas não dispensa uma demonstração de seu futebol arte.
[+] Artigos de Bruno Rodrigues
Corintiano, radialista e jornalista com sérias tendências ao meio cinematográfico, é melhor torcedor do que jogador. Mas não dispensa uma demonstração de seu futebol arte.
[+] Artigos de Bruno Rodrigues