Domingão é aquele dia que grande parte dos homens espera durante a semana inteira. O motivo? É dia de jogo e o time favorito vai entrar em campo. A esperança de vitória surge uma vez mais. Porém, eis que o resultado não é o esperado. Pior, até. A gosto da derrota é amargo e, para piorar, ainda resta a semana toda pela frente. É, amigo, nós homens sabemos como é passar por isso e ainda ter que encontrar forças para trabalhar no dia seguinte, e no dia após este, e no outro também, mas saiba que aquela tristeza “pós-derrota” pode influenciar muito mais no seu dia de trabalho do que você imaginava, ao menos é o que afirma uma nova pesquisa da Universidade Aristóteles de Tessalônica, na Grécia.
Para o estudo, 41 participantes – de diferentes regiões do país e, portanto, torcedores de diferentes times - foram recrutados em um quartel do exército. A missão desses soldados, porém, não foi a mais difícil de ser realizada: eles deveriam acompanhar todos os jogos de seus times e preencher um diário toda segunda-feira durante um mês (já que na Grécia, assim como no Brasil, os jogos acontecem aos domingos). No diário, os participantes deveriam avaliar o time no dia anterior e assinalar o quanto concordavam com a frase “eu satisfeito com o resultado do meu time”, além de definir suas sensações pela manhã usando palavras como entusiasmado, inspirado, chateado e nervoso.
Depois do trabalho, ao final da tarde, os jovens deveriam escrever novamente no diário, dessa vez para avaliar sua própria performance durante o expediente, com base no seu empenho e o haviam ido mal no dia anterior, eles sentiam desde falta de foco até fraqueza, o que os fazia voltar para casa sem sentir que o dever havia sido cumprido. Quando os times ganhavam, mas através do que os participantes definiram como uma vitória insatisfatória devido ao mal desempenho, os resultados não eram diferentes e os trabalhadores ainda eram afetados negativamente.
Os estudos ainda determinaram que os jogos tinham a capacidade apenas de estragar a segunda-feira dos participantes, já que as vitórias não os deixavam nem um pouco mais entusiasmados ou inspirados. O efeito da euforia que dominava os torcedores a cada gol de seus times não durava tanto quanto a tristeza da derrota. Segunda a conclusão dos pesquisadores, especialistas em psicologia organizacional, essa variação de humor entre os funcionários fãs de esportes deveria ser levada em consideração pelos patrões, que poderiam tentar promover atividades que fossem capazes de distrair os azarados de sua frustração.
Não dá pra prometer que essa resposta vá colar com algum chefe na segunda-feira de manhã, mas não custa nada tentar, não é?
Sobre Luis Carvalho
Nerd full time, viciado em literatura, HQs, games, filmes e séries, descobriu o amor pelo jornalismo ao perceber que não sabia fazer contas.
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