O homem moderno aprendeu que cuidar da pele não é uma questão exclusivamente de saúde, mas sim muitas vezes de estética, de autoestima. E desde então, a procura dos homens por profissionais da dermatologia só cresceu. Mas, apenas recentemente foi criado o dermocosmético, promessa de uma verdadeira revolução na conquista do mercado masculino pela indústria cosmética.
Mas, em que consiste e, principalmente, o que seria este tal dermocosmético? Como o próprio nome já indica, é sim um cosmético, porém com uma característica distinta. Acontece que a principal diferença do dermocosmético a um cosmético convencional é sua capacidade em agir além da epiderme, promovendo mudanças diretamente na pele, melhorando a aparência. E para tudo isso, estes produtos contêm substâncias presentes em medicamentos dermatológicos, ao contrário dos cremes mais comuns.
É possível confiar na efetividade destes produtos? "São pouquíssimos os estudos que testam sua eficácia. De qualquer maneira, estes produtos podem ser úteis e parecem não causar efeitos adversos", explica o dermatologista José Vitor Oliveira. Apesar deste ponto de vista, o uso dos dermocosméticos chega a representar até 40% das prescrições médicas de alguns profissionais da área. Além disso, entre aqueles que já usaram o produto, há muitos defensores de que ele realmente funciona.
Mas, se ele dá resultados, o que mais falta para que eles deslanchem entre os homens, tão fascinados por qualquer produto que ofereça uma garantia que funcionem sem que necessitem sequer de uma visita o médico? Os preços. Sim, eles são caros, mas também são o que há de mais moderno e efetivo para diversos problemas de pele, e sem agredir tanto seus usuários, como os remédios mais comuns.
Mais para remédio ou para cosmético?
As opiniões são polêmicas sobre este assunto. Ao mesmo tempo em que o cosmético age em regiões mais internas ao corpo, ultrapassando a pele, ele pode ser comprado sem qualquer recomendação médica. Linhas gerais, o produto é, literalmente, o meio termo entre os cremes e os comprimidos, o que gera inclusive um conflito ético entre os dermatologistas e a indústria cosmética.
"A diferença é que os cosméticos são voltados, basicamente, para o embelezamento momentâneo, já os dermocosméticos agem como um tratamento. Para isso, levam princípios ativos às camadas mais profundas da pele, proporcionando uma melhora no seu aspecto. São criados a partir de estudos científicos e têm o aval da classe médica", explica o farmacêutico Glauco Arruda, gerente da Drogaria Rosário. Segundo Glauco, a procura por estes produtos tem aumentado sim, porém ainda é um mercado muito pequeno se comparado ao feminino.
O fato é que sem um dermatologista, o uso do produto pode ser uma absoluta perda de tempo e dinheiro, uma vez que como estes cosméticos também são remédios, têm finalidades que podem não ser justamente o que você estava procurando. E somente um homem para saber como perder tempo e dinheiro é inadmissível. Mas, no caso dos dermocosméticos, o caro acaba até saindo barato.