Parar de fumar é muito difícil. E só quem é um fumante sabe bem disso, principalmente se este vício já vem de alguns (ou muitos) anos, quando o vício já não é mais só psicológico, mas também físico. Porém, mesmo sabendo que o cigarro é um dos principais assassinos da História, há muitos fumantes que simplesmente não querem abandonar o vício. Esse é um direito que todos têm, desde que cientes dos males por ele proporcionados, mas se você já lutou ou ainda está lutando para virar um ex-fumante, nunca é demais relembrar as vantagens de uma vida livre do fumo.
Segundo o médico pneumologista Carlos Alberto Pereira, além dos benefícios à saúde, já conhecidos pela maioria dos fumantes, a aparência sai ganhando sim aos que abandonam o tabaco: ''Existem recompensas visíveis e imediatas aos ex-fumantes quanto à aparência, que melhora sensivelmente em vários aspectos, como os dentes e unhas amarelados e o enrugamento prematuro de pele, proporcionados pelo fumo'', explica.
Vantagem? Tem também, mas com ressalvas
Parar de fumar engorda. Mito? Não, verdade. O fato é que um cigarro é um campeão na categoria ''inibidor de apetite'', capaz de dar aquela tapeada em seu estômago quando a fome está maltratando. Não bastasse apenas isso, com o tempo o fumante perde muita sensibilidade em paladar e olfato, o que tira muito do "sabor" em comer bem. É um preço inevitável que um fumante arca por seu vício.
Outra defesa ao cigarro (por quem fuma) é que ele age como uma muleta, um amigo nos instantes de maior estresse de nossas rotinas. Em português claro, o cigarro acalma. Isto é um mito. O que acontece é que quando ausente do cérebro de um viciado, a nicotina gera justamente a ansiedade. Então, todas as vezes que um fumante se depara com a situação de estresse, automaticamente liga à ausência da nicotina.
Quero parar. O que faço?
Se você é um dos fumantes que quer parar com essa vida, seja para ficar mais atraente ou não, boas dicas nunca faltam. Por exemplo, o fumante tem maior chance de abandonar seu vício, por mais que de longa data, seguindo algumas premissas fundamentais:
"É preciso que o fumante acredite que possa ter alguma doença relacionada ao tabaco e que esteja pronto para uma tentativa honesta para parar. As chances aumentam também se o fumante acreditar que os benefícios em parar superam os de continuar fumando", diz Carlos Alberto, que também lembra que quando o fumante sabe de algum caso de doença relacionada ao cigarro em algum conhecido, a possibilidade de parar é maior.
Outra boa dica é não decidir por parar gradualmente. Parar repentinamente pode parecer um grande choque, mas a verdade é que a idéia é justamente essa. Para um fumante que já incorporou o cigarro ao seu dia-a-dia, qualquer método de ruptura é um choque - então, choque por choque, que seja mais efetivo.
E sabe como é, se nenhum destes argumentos te convence, o ditado está aí e não é à toa: "brasileiro só sente a crise quando ela chega ao bolso". Para quem fuma então, pior ainda. É importante sempre se lembrar que fumar custa caro, não apenas em função do preço de um maço de cigarros, mas de futuros tratamentos que, uma hora, serão necessários. Agora, se nem este argumento lhe convence, lembre-se que hoje as mulheres odeiam os fumantes. Quem diria, mas não fumar virou até requisito de algumas beldades. Portanto, não as perca à toa.