Fadiga Adrenal: a doença do século Descoberta há cerca de dez anos, esta síndrome se confunde com diagnósticos de estresse, depressão, pânico e ansiedade. gplus
   

Fadiga Adrenal: a doença do século

Descoberta há cerca de dez anos, esta síndrome se confunde com diagnósticos de estresse, depressão, pânico e ansiedade.

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A rotina do homem moderno raras vezes consegue fugir da correria da vida urbana, com excesso de trabalho e poucos momentos de descanso e lazer. Com isso, ansiedade, pânico, estresse e depressão já se tornaram fatos considerados naturais no cotidiano de muitos homens, mas esta incômoda realidade pode se tornar ainda muito mais perigosa à saúde do que se imagina se o seu problema estiver ligado a uma desconhecida síndrome: a fadiga adrenal.

Ao contrário do que se imaginou durante muitos anos, nem sempre estes sintomas comuns à vida urbana são ligados exclusivamente ao lado mental e psicológico. "Descobriu-se que a glândula suprarrenal (localizada próxima ao rim) defende o organismo de todas as formas de estresse, tais como frio, fome, medo, infecções, excesso de trabalho, entre outras. Portanto, na deficiência dos hormônios dessa glândula ficamos susceptíveis as infecções e apresentamos a Fadiga Adrenal", aponta Marcos Natividade, médico cardiologista e ortomolecular.

Os principais vilões causadores da síndrome são estresse crônico e má alimentação. Então, a boa dica para evitar esta doença, deve-se evitar má alimentação, sedentarismo, uma vida voltada apenas ao trabalho e tudo aquilo que o aborrece com frequência. Como nem sempre isso é possível, é fundamental nunca abrir mão dos momentos de descanso quando o corpo dá sinais de que está chegando ao limite.

Sintomas e consequências
A Fadiga Adrenal apresenta muitos sintomas típicos e não é preciso ter todos eles para correr o risco de ter problemas de saúde vinculados à síndrome. Os principais são: dificuldade para acordar de manhã, necessitar de café para se manter disposto, sentir-se depressivo, cansado ou estressado sem motivo aparente, necessidade de ingerir alimentos muito doces ou salgados, não superar doenças como resfriados, infecções e herpes, ser o rabugento crônico, que não se diverte com nada e apresentar menor interesse sexual.

"Além dos sintomas, se não for tratada a fadiga adrenal desencadeará em obesidade, diabetes, infecções frequentes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, osteoporose, entre outros", aponta Marcos, que ainda lembra que como a suprarrenal é muito importante para nos defender do estresse, se ela está em fadiga há a geração de muitos radicais livres, o que sem dúvidas leva ao envelhecimento precoce. Além disso, o cuidado deve ser redobrado entre os homens, uma vez que sua incidência é maior no sexo masculino.

Tratamento
Apenas dosando os hormônios da glândula é possível tratar a síndrome. Já se exames apontarem índices normais e não houver outras causas físicas, conclui-se que o caso é só emocional. "Conforme médicos americanos começaram a dosar os hormônios da suprarrenal nestes casos, constatou-se que esta glândula hipofuncionante era a responsável por gerar e controlar estes sintomas. Logo, se descobriu diagnósticos de ansiedade, depressão, labirintite, pânico, palpitações, fibromialgia, dentre outros, ocupavam o seu lugar", explica Marcos.

Como os estudos desta doença são recentes, ainda não é possível calcular com exatidão qual o seu grau de alcance e intensidade, mas se sabe que suas consequências podem ser graves. Então, se você passa por crises depressivas e de falta de ânimo para vencer os desafios do dia-a-dia e nem mesmo o acompanhamento de psiquiatras e psicólogos parecem lhe ajudar, é hora de levantar a hipótese da Fadiga Adrenal. Já, para evitá-la, não perca a oportunidade de uma noite bem dormida e não venda suas férias jamais. Ela não tem preço!