Neymar armou o maior fuzuê em campo na segunda partida da Seleção válida pela Copa América contra a Colômbia. Estrela da atual geração de jogadores brasileiros, o moleque se irritou com a sua performance pouco inspirada, sem ousadia e alegria, e desatou a trocar cabeçadas com adversários, tomou uns empurrões pra ficar malandro e acabou expulso na derrota do Brasil por 1x0. Beleza, aprontar dentro de campo é do jogo. Qual canela seca aí nunca se encheu de coragem um dia e ficou machão numa pelada?
Agora, imagina uma situação: Neymar fora da Copa porque aprontou não em campo, mas em seu dia de folga e foi parar no xadrez. Guardadas as devidas proporções futebolísticas, um drama assim, envolvendo o maior jogador da seleção do Chile, país anfitrião da Copa América, tomou conta das discussões daquele país andino. Tudo porque Arturo Vidal, o meia que é artilheiro do torneio, jogador de renome que atua na Juventus, da Itália, e craque do Chile, destruiu a sua Ferrari vermelha quando a conduzia alcoolizado em seu dia de folga.
O cabra deixou a concentração e viajou até um cassino. Na volta, alcoolizado, colidiu seu possante com outro veículo. Para tentar livrar sua barra, o “bonitão” de penteado moicano chegou a dizer ao policial: “Se você me prender, vai foder todo o Chile”. O xaveco fraco não derrubou o homem da lei, que grampeou o tal e o levou para a delegacia. Vidal foi solto, no dia seguinte, enquanto o processo contra ele corre na justiça chilena, livrou-se de ser cortado da seleção e pediu desculpas sob muitas lágrimas de crocodilo.
Bom, a Copa América, independentemente de quem for o vencedor, ficará marcada para sempre pelo caso Vidal. Outros craques de seleções também deram o que falar com suas pataquadas fora das quatro linhas. Listamos aqui cinco deles e seus “feitos” próprios de quem faz parte desse universo repleto de moleque-piranha.
#1 RENATO GAÚCHO – Telê Santana não perdoou um ato de indisciplina desse anjinho. Ele e o lateral Leandro chegaram atrasados na concentração da Seleção, que se preparava para a Copa de 1986, e foram cortados. Dizem que ele fugia de concentração para se encontrar com mulheres. Dizem...
#2 ROMÁRIO – Em 1994, o pêxe marcava dentro e fora de campo. Romário sempre disse que o sexo não atrapalhava seu desempenho nos jogos. Naquele Mundial, então, ele se encontrava com umas amigas depois do expediente futebol para fazer um momô gostoso enquanto Dunga, seu então companheiro de quarto não muito afeito aos prazeres da carne, tentava abafar o caso.
#3 MARADONA – Nunca vi o cabra tão magro quanto na Copa de 1994. Para chegar em forma, aos 33 anos, para a disputa daquele Mundial, o 10 argentino perdeu 14 quilos. Fora de campo, depois de uma partida, foi escalado para fazer um xixizinho para o antidoping. Pumba! Foi pego efedrina, estimulante muscular e emagrecedor poderoso, no sangue e acabou suspenso.
#4 JOHN TERRY – O zagueiro da seleção inglesa foi pego com a boca na botija, em 2010, traindo a sua mulher com a esposa imagina de quem? Do lateral-esquerdo companheiro de time, Wayne Bridge. O “x” da questão toda foi a modelo Vanessa Perroncel, hoje, ex-de Bridge.
#5 PAOLO ROSSI – O atacante da Azzurra foi o carrasco do Brasil na Copa de 1982, ao anotar os três gols que eliminou a Seleção armada por Telê Santana com Zico, Sócrates e Falcão. Só que o maluco aí, até pouco antes do início do Mundial, esteve suspenso por dois anos do futebol por estar envolvido no escândalo de manipulação de resultados na liga de futebol da Itália. Bonzinho, não?
#6 JONATHAN DOS SANTOS – Craque da seleção mexicana, ele e outros sete companheiros foram punidos pela federação de futebol do México e excluídos da Copa América de 2011. Os anjinhos haviam levado prostitutas para o hotel da seleção.
#7 NICKLAS BENDTNER – O atacante da Dinamarca foi preso, em 2013, por dirigir embriagado enquanto se recuperava de lesão. A Associação Dinamarquesa de Futebol não o perdoou e o suspendeu por seis meses para que ele refletisse sobre o seu comportamento.
Sobre Rodrigo Cardoso
Rodrigo Cardoso é jornalista. Escuta mais que fala. Deu certo na arte de contar histórias de gente (de Mandela a Andressa Urach) apesar da memória seletiva.
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