Um dos fatores que caracteriza o rock é a valorização da liberdade e desprezo de padrões engessados. Mas se houvesse uma regra, com certeza seria a presença e um bom solo de guitarra. E pra fazer um solo de respeito, mesmo que você não entenda muito do instrumento, observar os grandes mestres das seis cordas pode abrir um vasto caminho de autoconhecimento musical. Por causa disso a Guitar World reuniu os 50 maiores guitarristas que você deveria se espelhar não só pra aprender a tocar, mas para aperfeiçoar as suas habilidades nas seis cordas. Veja só quem são eles!
10. Brian May: May é um dos guitarristas mais fáceis de identificar, mais até do que Beck, Page e Clapton. “Ele tem um tom na cabeça e nos dedos que transmite volume”, afirma Steve Vai. Segundo o guitarrista, a contribuição de May para as guitarras orquestradas é sem precedentes. O cara transpira classe dos pés à cabeça, e fica bem claro no jeito que ele toca. “Não dá pra imitar porque ele está num patamar acima”, conclui Vai.
9. Mick Taylor: Sim, os guitarristas parecem que nunca se cansam de evocar os nomes de feras como Jimmy Page, Angus Young e Jeff Beck – e todos os outros óbvios no universo das seis cordas. Por outro lado, existem caras como Mick Taylor e Joe Walsh que foram tão importantes quanto. “O estilo que uso até hoje gravita na rodada de tons tipo blues de Taylor”, garante Slash. “A nova geração de guitarristas sempre esquece de fazer coisas simples mas que fazem a guitarra falar com você.”
8. Malcom Young: Malcom Young foi um dos heróis da guitarra mais subestimados de todos os tempos. A espinha dorsal do AC/DC, uma das melhores banda de rock que já passaram pela Terra, ele escreveu um dos riffs mais incríveis que você pode ouvir na guitarra. “Já ouviu a introdução de Back in Black? Se aquele riff não te tocar, é porque você não captou a alma do negócio”, defende Scott Ian. “A forma com que ele usa riffs diretos de blues e os canaliza com a sensibilidade do AC/DC é uma lição para qualquer guitarrista.”
7. Zakk Wylde: Antes de tocar com Ozzy, Zakk tocou em algumas bandas, como Zyros e Pride and Glory. Quando você ouve Zakk detonando as cordas mais altas com seus vibratos harmônicos, parece que já dá pra ver as listras preto e brancas se dispersando no ar. Não foi mero acaso ele ter sido escolhido por Ozzy Osbourne.
6. Ron Asheton: No lado B de Funhouse dos Stooges tem muita coisa louca – uns solos de rock agressivos, maravilhosos, demais! “Ron tem um groove corajoso e delicado. E o duelo de improvisações com o saxofone proporciona um rock descolado, barulhento e recheado de jazz”, destaca Kim Thayil. “Os Stooges não aproveitavam tudo isso”, provoca o guitarrista do Soundgarden. De acordo com Thayil, o que Ashton conseguia fazer com a guitarra definitivamente não estava presente no rádio e nos Top 40 da época; principalmente em “I Wanna Be Your Dog”, “TV Eye”, “Loose” e “Down on the Street”."
5. Neil Young: Nancy Wilson
Seja com um violão ou uma guitarra, o som de Neil Young é inconfundível. Em “Bandit”, do disco Greendale, ele escolheu uma guitarra específica, desceu a mizinha até dó, e conseguiu pegar uma escala exata que encaixou perfeitamente bem. Coisas do tio Young. “Deu tão errado que acabou dando certo. Acho que ninguém faria isso de propósito, exceto Young”, garante Nancy Wilson. “Ele tem um jeito tão expressivo de segurar solos de uma nota só que é capaz de torná-lo memorável por gerações.”
4. Frank Zappa: Frank Zappa era tão fanático pela guitarra que chegou a lançar Guitar (1998), um álbum inteiro só com trechos de solos que tocou entre 1979 e 1984. O disco traz “The Black Page”, que foi composta por Zappa com uma “passagem incrivelmente rápida para o final”, garante Dweezil Zappa, um dos quatro filhos que o músico deixou em 1993. “Frank pensava na banda como uma orquestra. Ele conseguia ouvir primeiro dentro da sua cabeça, e depois escrevia tudo”, conta Dweezil, que teve que praticar por seis meses antes de conseguir tocar o trecho da faixa.
3. George Harrison: George Harrison era assim: durante o show você o veria ao lado do palco, olhando para sua guitarra, enquanto trabalhava toquinhos que preenchiam as canções dos Beatles. Enquanto milhões só tinham olhos para frontmen, Harrison ensinava outros tantos sobre solos curtos e ganchos. Seja em “Day Tripper” ou “Ticket to Ride”, todas começam com um riff que você espera que voltem a aparecer no refrão.
2. Pete Townshend: “Pete é um feiticeiro quando se trata de acordes. Ele consegue tocar o mesmo acorde em 20 posições diferentes, fazendo inversões, suspensões”, disse Ace Frehley à Guitar World. Para o guitarrista original do Kiss, o cara tem “uma mão direita tão boa quanto a esquerda”. Além dos acordes poderosos de “My Generation”, Townshend é responsável pelo picking de abertura em “Tattoo”, além do dedilhado invejável de “Pinball Wizard”.
1. B.B. KING: Para Billy Gibbons, guitarrista do ZZ Top, (conhecido como Reverendo Willie G pelos mais próximos), o estilo de uma nota só de King era sustentado pelo seu poder de ataque e sustentação que respondia a vocais e solos. “Ele chegou a ser catador de algodão antes de ser um maestro do entretenimento. Jamais perdeu seu senso de humor e classe, tanto na música quanto na vida.”
Sobre Danilo Barba
Danilo Barba é músico e jornalista pós-graduado em Negócios Internacionais pelo George Brown College de Toronto. Bloga sobre Sexo Oposto no Yahoo Mulher. No Insta e Twitter: @dambarba
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Danilo Barba é músico e jornalista pós-graduado em Negócios Internacionais pelo George Brown College de Toronto. Bloga sobre Sexo Oposto no Yahoo Mulher. No Insta e Twitter: @dambarba
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