A emoção de segurar um filho que acabou de nascer Não dá para esquecer o #momento-click de ter nos braços um filho em seus primeiros minutos de vida – você nunca mais será o mesmo gplus
   

A emoção de segurar um filho que acabou de nascer

Não dá para esquecer o #momento-click de ter nos braços um filho em seus primeiros minutos de vida – você nunca mais será o mesmo

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Se há uma coisa que marca um homem para o resto de sua vida, como se fosse uma tatuagem, é segurar um filho recém-nascido no colo pela primeira vez. Já faz mais de 11 anos desde que a Gabriela surgiu para alegrar as nossas vidas e deixar esse mundo um pouco melhor, mas aquele exato momento click que viria, literalmente, transformar tudo sempre surge na minha memória como eu tivesse acabado de vivenciá-lo.

Era fim de tarde de uma quinta-feira de junho, minha mulher já vinha de uma trajetória de algumas horas de trabalho de parto (optou-se por parto natural na época), até que finalmente chegou a hora. Ela foi encaminhada para a sala de cirurgia e eu fui conduzido para uma salinha próxima, na verdade um vestiário, onde deveria me trocar e colocar as roupas esterilizadas para poder acompanhar o parto.

Na verdade, você não acompanha o parto: só é chamado pela equipe médica na sala no momento que a criança está prestes a nascer (ou ser retirada do ventre da mulher, no caso de cesariana). Mesmo assim, como homem, você acredita piamente que está participando do processo...

Assim que a Gabi nasceu, os médicos fizeram rapidamente os procedimentos de rotina (limpeza, testes, exames...), a enrolaram em lençóis, colocaram uma toquinha com o logo da maternidade, para sair na foto depois, e entregaram à mãe. Momentos depois, eu já chorando-e-rindo demais, eles a colocaram no meu desajeitado colo.

Foi amor instantâneo – não dá para explicar. Olhei para o rostinho delicado e frágil dela (dos quais lembro as feições até hoje) e chorei emocionadamente de soluçar de tanta felicidade - algo de Deus, diria Vó Sônia, minha mãe.

Lembro do peso, de ficar “chacoalhando” sem motivo aquele bebê com os olhinhos fechados bem apertados que sugava algo imaginário. Na cama, minha mulher sentiu a minha emoção e, como eu, embora exausta pelo trabalho de parto, mesclava risos e lágrimas.

Senti naquele momento que eu me tornara outra pessoa. Uma pessoa melhor, com um compromisso de amar e cuidar de uma nova vida - o que faço com o maior prazer e dedicação deste mundo. A sensação de impotência como provedor que pode anteceder o nascimento de um filho se esvai assim que você ouve o primeiro choro: segurar um filho no colo pela primeira vez torna o homem mais forte, confiante, responsável.

E muito feliz.

 


Marcelo Ventura