Mais da metade dos brasileiros casados estão insatisfeitos com a vida sexual Segundo estudo, a maioria considera a sua vida sexual regular ou ruim gplus
   

Mais da metade dos brasileiros casados estão insatisfeitos com a vida sexual

Segundo estudo, a maioria considera a sua vida sexual regular ou ruim

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Todo o início de relacionamento é sempre a mesma coisa: TODO DIA é dia, TODA HORA é hora e QUALQUER LUGAR é lugar para o casal fazer um sexo fabuloso. Porém, meu amigo, toda essa disposição sexual costuma minguar após o casamento. O desgosto, entretanto, não é devido ao tempo de relacionamento ou o contrato matrimonial – como muitos pensam: é quando um dos parceiros passa a se sentir insatisfeito com a situação conjugal, e consequentemente sexual. Ao menos essa parece ser a realidade de mais da metade dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa realizada em outubro (2016) pelo Instituto do Casal – organização que faz pesquisas a respeito da sexualidade humana. 

Para descobrir essas e outras “insatisfações conjugais” dos brasileiros, as psicólogas Denise Miranda de Figueiredo e Marina Simas de Lima fizeram uma pesquisa online com cerca de 500 pessoas casadas (ou que moravam com o parceiro ou companheira há alguns anos). O principal objetivo era avaliar o nível de satisfação dos casais, levando em consideração vários aspectos da vida a dois, como sexo, projetos em comum, lazer, diálogo e medos. Dos entrevistados, 55,9% declararam considerar sua vida sexual regular ou ruim e apenas 12% a consideram ótima.

Para 72,9% foi o casamento que mudou a qualidade do sexo. Segundo os entrevistados, os fatores que mais atrapalham a vida sexual é a priorização do trabalho em relação ao casamento (40,7%), seguido pela falta de carinho (32,1%), problemas financeiros (28,8%) e criação dos filhos (28,4%).

No lado bom da pesquisa, 72,3% dos participantes afirmaram que se sentem à vontade para falar sobre as suas fantasias eróticas. Porém, poucos põem as ideias em prática por se sentirem inseguros na hora de conversar sobre o tema, porque acham o(a) parceiro(a) “quadrados” ou “moralistas” demais, inibindo-os(as) de falarem sobre seus desejos – ou seja, mesmo numa relação estável, alguns de nós ainda sentem medo de serem julgados pelos parceiros(as). O que não é legal para a relação, convenhamos.

A falta de atenção ao par também foi uma reclamação levada em conta: apenas 37,5% disseram conversar com o parceiro por mais de duas horas por dia. Enquanto 22,5% dialogam uma hora por dia.

Em relação à resolução dos conflitos, 44,2% afirmaram que sempre tentam entrar em um consenso com o parceiro ou parceira. Já 33,9% preferem escolher outro momento para solucionar as discussões. Além disso, uma boa parte dos entrevistados, 26,5%, afirmarem que procuram se colocar no lugar do outro durante um conflito.

E, por fim, quando perguntados sobre o que mais importa em uma relação, a maioria respondeu que afeto, carinho e amor são fundamentais, assim como ter planos e sonhos em comum para serem realizados. Já no ranking de programas preferidos para se fazer em casal, viajar foi a opção mais escolhida, seguida de comer, ver filmes, transar e trocar carinhos.


Nathalia Marques