Já reparou nos homens quando são contrariados? Segurando um copo de cerveja quente ou um filho indesejado, o olhar de um homem que teve sua vontade interrompida é inigualável. A mandíbula ganha um movimento incessante, novas linhas traçam sua testa e então ele passa a ruminar uma possibilidade de vingança.
Desde que sexo masculino assumiu a posição de provedor do lar, ele tende a transformar o ambiente familiar numa espécie de exército. Sob pressão, ele dá ordens diretas e ásperas, alimenta-se apenas quando necessário e se torna bastante exigente quanto a resultados. Ao se sentir ameaçado, o macho usa esta mesma tática para se impor tanto no trabalho quanto em casa, ou onde funcionar.
Com o tempo, a mulher, vítima de um microregime militar, desenvolveu uma “arma” de defesa praticamente insondável: a manipulação passiva. A vítima geralmente não percebe que está sendo manipulada, já que as mulheres são verdadeiros mestres do ilusionismo na hora de distrair a atenção de um varão, principalmente aqueles que são “focados” no que fazem. Se um homem prudente deve manter mais de duas mulheres – para não ficar sozinho caso perca uma delas – uma mulher prudente não sobrevive no relacionamento sem criar um jogo onde seu parceiro sempre vence. Enquanto isso, ela faz o que lhe dá na telha.
É aqui que a irmandade masculina (aquela sob qual os homens nunca revelam as farras e traições) mostra seus limites. Você acredita mesmo que aquele seu amigo do escritório realmente quis passar o Dia das Mães com a sogra? Ou que seu primo prefere levar os tapetes da sala pra lavar em pleno sábado de manhã? O fato é que, quando manipulados passivamente, os homens mentem na cara dura para seus próprios “irmãos” por receio de cair no ridículo e, consequentemente, acabam isolados da turma e escravos da vontade feminina para sempre.
Mas como se livrar de uma maldição dessa se a gente nem percebe que é feito de idiota? Bem, primeiramente é necessário conhecer as abordagens mais utilizadas. Elas variam desde a singela omissão até os mais complexos jogos de “máscaras” onde ‘sim’ literalmente pode dizer ‘não’.
O tema invadiu o meio acadêmico nos anos 80. Nesta época, o PhD em psicologia clínica da Universidade de Tecnologia do Texas, George K. Simon, publicou In Sheep's Clothing: Understanding and Dealing with Manipulative People (Na Pele da Ovelha: Entendendo e Lidando com Pessoas Manipulativas). Em sua obra, Simon identificou algumas das técnicas utilizadas pelos manipuladores, cujos efeitos criam o que o próprio especialista classifica como um “fenômeno de nossa era”. A partir delas, a AreaH produziu um guia rápido para você não cair em manipulações passivas. Confira abaixo e previna-se!
Mentira
É difícil dizer quando a mulher está mentindo. Geralmente, a verdade se torna aparente quando já é tarde demais. Uma forma de minimizar as chances de ser enganado é observar as alterações de humor repentinas e entender que alguns tipos de personalidade (especialmente os psicopatas) são especialistas na arte de mentir e enganar, muitas vezes de maneiras sutis. Se você já for muito desconfiado, ela provavelmente irá mentir por omissão, uma técnica que retém uma quantidade significativa da verdade. Esta técnica também é usada em propaganda.
Racionalização:
O manipulador inventa desculpas para justificar um comportamento inadequado. Esta é inclusive outra base dos fundamentos da propaganda, conhecida como “spin”. A partir deste princípio, quem manipula oferece uma interpretação tendenciosa de fatos e informações para criar empatia.
Minimização
Este é um tipo de negação juntamente com a racionalização. O manipulador afirma que seu comportamento não é tão nocivo ou irresponsável, como alguém estava sugerindo, por exemplo, dizendo que uma provocação ou insulto era apenas uma piada.
Atenção seletiva
Manipulador se recusa a prestar atenção a qualquer coisa que possa distrair sua agenda, dizendo coisas como "eu não quero ouvir isso".
Desvio
Ela não dá uma resposta direta a uma pergunta objetiva. e, em vez de ser cordial, desvia a conversa para outro tópico.
Evasão
Semelhante ao desvio, mas com respostas irrelevantes, confusas, vagas ou evasivas.
Intimidação enrustida
Manipulador põe a vítima na defensiva usando ameaças indiretas.
Atribuição de culpa
Um tipo especial de tática de intimidação. O manipulador sugere à vítima que ele ou ela não se importa o suficiente, é muito egoísta ou que ela “não está nem aí”.. Isso geralmente faz com que o homem se sinta culpado, numa posição de confusão, ansiedade e submissão.
Vergonha
Aqui há o uso de sarcasmo e humilhação para aumentar o medo e a insegurança da vítima. Manipuladores usam essa tática para adiar conflitos, e isso pode ser traduzido em olhares ferozes, comentário retóricos e tom de voz desagradável. Para a mulher não é difícil fazer um homem se sentir um peixe fora d’água.
Bancando a vítima
Qualquer homem sadio já teve que enfrentar essa aqui. A mulher que se faz de vítima bombardeia o parceiro de chantagens emocionais e muitas vezes é capaz de colocar em dúvida até o que ele mesmo viu ou não! Evite de qualquer forma tomar uma decisão importante neste momento, pois se houve esse tipo de pressão para isso, a situação não deverá ser favorável pra você.
Difamação
Mais do que qualquer outra, essa tática é um meio poderoso de colocar a vítima na defensiva, mascarando ao mesmo tempo a intenção agressiva do manipulador.
Mártir
Usará a mesma intensidade do momento em que banca a vítima, porém em vez de lamentações e cobranças, aqui ela tentará provar que está agindo por uma causa mais nobre ou maior. Isto pode variar desde religião até a planos megalomaníacos de vida.
Sedução
A sedução é aquilo que une as mulheres comuns às prostitutas. Afinal de contas, o caminho entre uma “moça de bem” e uma puta é apenas uma questão de intermediários comerciais e burocracia. Quando a situação apertar, a sedução será a última bala na agulha. Com muito charme, bajulação elas prometem qualquer coisa para conseguir o que querem. Tipicamente fatal.
Fingindo inocência ou confusão
Manipulador tenta sugerir que qualquer dano causado não foi intencional ou não assume a responsabilidade por algo que foram acusados com provas. O indivíduo assume um olhar de surpresa ou indignação e pode por à prova a sanidade da vítima. Simples assim, com uma atuação extremamente calculada, quem manipula também assume um papel infantil e se finge de bobo, como se estivesse confuso confuso sobre uma questão importante trazida à sua atenção.
Raiva
Muito popular para casais com filhos. A mulher passa a usar o mesmo tom de raiva que funciona para se conter ou se impor perante a molecada com o parceiro, e funciona! Homens tranquilos são as vítimas mais frequentes desta tática, já que eles fazem qualquer coisa para não gerar conflitos - e elas sabem muito bem disso.