Você já sofreu com quedas na satisfação sexual ou até mesmo com o desaparecimento do sexo em um relacionamento longo?
Parece que o fato é bastante comum, como mostra uma pesquisa feita na Universidade de Munique, na Alemanha. Apesar de os estudos se basearem no Painel Familiar Alemão, existem muitas semelhanças com o nosso padrão cultural. A pesquisa indica que a satisfação sexual começa a cair após o primeiro ano completo de relacionamento. Ao contrário do que muitos pensam e dos resultados de outros estudos, a coabitação e o casamento não levaram à queda na satisfação, mas sim a falta de intimidade entre o casal e brigas frequentes.
Segundo a psicóloga e sexóloga Enylda Motta, os dois primeiros anos de casamento são de adaptação. "Cada um vivencia mais intimamente a diversidade do outro, seus hábitos, costumes, desejos, vontades e temperamentos”. Enylda afirma que, nesse período, é muito importante que o casal se conheça bem e que tenha bastante diálogo. No início, o sexo é intenso porque faz parte da descoberta do outro. "Quando entra na rotina, o casal deve ser criativo."
Enylda acredita que as brigas, a rotina, o surgimento de novos interesses e os filhos podem mexer com a sexualidade, pois o olhar sai do casal. Mas mesmo nesses casos há aprendizado, podendo ocorrer mudanças positivas de postura, abertura ao diálogo e retorno do foco ao casal e à família, o que melhora o relacionamento.
A sexóloga dá 5 dicas para quem quer sair da rotina e viver aquele relacionamento intenso novamente:
1. Valorizar o diálogo, aprimorando a escuta;
2. Buscar interesses comuns que aqueçam a intimidade e a sensualidade;
3. Dar carinho e atenção;
4. Conhecer lugares novos;
5. Fazer surpresas para o(a) amado(a), como um bom vinho, um jantar a dois...
Além disso, Enylda alerta para o fato de que, no processo de envelhecimento, a mulher sofre com perda de libido em razão da menopausa, devendo fazer reposição hormonal. Já o homem mantém o desejo sexual por perder um percentual pequeno de testosterona por ano. “Na terceira melhor idade, a socialização promovida por atividades como danças e viagens facilitam a relação sexual amorosa”, conclui.
Sobre Marcela Corrêa
Dinâmica e curiosa, é advogada formada, mas sempre se identificou mais com o jornalismo. Tem mútiplos interesses, e se encanta com tudo o que diz respeito ao universo humano.
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