Quem gosta de um bom vinho já visitou, ou pelo menos deve ter vontade de conhecer, alguma vinícola. Entre os vinhos mais famosos do mundo estão os italianos e franceses. No entanto, há muitos outros países que são famosos por suas safras de uva generosas e vinhos de alta qualidade, como a África do Sul, por exemplo.
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E não pense que é difícil ou caro viajar o mundo bebericando essa bebida deliciosa. A passagem de volta ao mundo, conhecida como RTW (Round The World), é um bilhete com vários voos comprados de uma só vez. Esse bilhete único liga os trechos que permitem que o viajante contorne o planeta, saindo e retornando de um mesmo lugar. O passageiro pode customizar o roteiro, escolhendo os países e lugares que deseja conhecer, de acordo com interesses específicos (neste caso os vinhos, é claro!).
Como todos os trechos são decididos com antecedência, no momento da confirmação do bilhete, o pacote sai bem mais econômico do que comprar várias passagens para todos os países do roteiro. O custo vai depender do itinerário traçado, do número de paradas e das companhias aéreas escolhidas.
Só para se ter um exemplo, a oneworld – principal aliança de companhias aéreas da América Latina, possui a tarifa "Global Explorer", que permite percorrer todos os seis continentes (incluindo o de origem do viajante), enquanto a tarifa "oneword Explorer" é mais flexível, calculada a partir das distâncias entre um ponto e outro.
Outro detalhe importante do bilhete de volta ao mundo é que as datas dos voos podem ser alteradas sem cobrança, desde que haja disponibilidade. Ou seja, depois da partida, dá para deixar os voos subsequentes em aberto, o que permite customizar ainda mais o percurso, à medida em que for avançando. Quanto à duração da aventura, a única regra é que ela deve durar no mínimo 10 dias e no máximo um ano.
ROTEIRO DOS VINHOS
E, se você imagina que a visita a vinícolas é interessante apenas para quem entende do assunto, talvez seja hora de se abrir para novas experiências, pois essa pode ser uma ótima oportunidade para aprender mais sobre vinhos, além de ser um passeio bastante interessante, tanto pela parte cultural e histórica, quanto pelas belezas naturais desses locais.
Gostaria de conhece-los (e ainda pagar barato fazendo isso)? Então continue acompanhando essa matéria e saiba mais sobre eles no roteiro do vinho pelo mundo que elaboramos abaixo!
AMÉRICA DO SUL
CHILE
O Chile tornou-se uma máquina de produzir vinhos de todos os tipos – são, em média, 13 milhões de hectolitros por ano. O país sofre três grandes influências que definem as três principais áreas de vinhedos: o Oceano Pacífico, região chamada de Costa; a planície central, conhecida como Entre Cordilheiras e a mais próxima da principal cordilheira, não por acaso conhecida como Andes.
No país a natureza mostra toda sua beleza em plantações que, em alguns casos, remontam a séculos atrás. Mas não se trata apenas de visitar vinícolas e plantações rurais: o que mais impressiona no Chile é que o turista pode entrar no mundo da vinicultura saindo apenas alguns minutos da capital do país. Sim, de Santiago até a mais próxima região produtora, o vale do Maipo, aos pés da cordilheira dos Andes, são apenas alguns quilômetros.
ARGENTINA
A sofisticação da região "norteña" impressiona. A cidade de Mendoza tem mais de cinco séculos de vinicultura. Tanto tempo assim foi suficiente para colocá-la entre as grandes regiões produtoras de vinho do planeta. Graças ao solo e clima perfeitos, Mendoza é um dos principais destinos do vinho na Argentina. A cidade conta com uma infraestrutura incrível para receber turistas de todas as partes. Das mais de mil adegas existentes, cerca de 100 oferecem visitas guiadas que podem ser incluídas no roteiro. A rota do vinho em Mendoza é dividida em três principais destinos: Maipú, Valle de Uco e Luján de Cuyo e oferece uma experiência imperdível.
EUROPA
FRANÇA
O vinho está inserido no cotidiano do povo francês e é motivo de orgulho e prestígio internacional. Estima-se que a fabricação esteja acima dos 46 milhões de hectolitros — cada hectolitro equivale a 100 litros de vinho. De Borgonha a Champanhe, a França tem mais de 15 regiões vitivinícolas e dezenas de denominações de origem. Bordeaux é a zona de vitivinicultura mais importante do país, sendo responsável por rótulos míticos — os dos châteaux (como são chamadas as vinícolas por lá) da região do Médoc têm preços excepcionalmente altos, que podem passar de 500 euros. Apesar disso, o apelo turístico é mais inclinado para Champagne, que recebe visitantes de todo o mundo.
PORTUGAL
É impossível falar de Portugal e não lembrar da extensa variedade de vinhos. Afinal, são mais de 250 castas de uvas que proporcionam ampla oferta de todos os tipos. Os roteiros incluem não somente as adegas, vinhas e caves portuguesas, mas também uma viagem cultural pelas tradições e costumes das regiões, quintas e casarões históricos. No fim do verão, há também o período da colheita e de celebrações típicas. No Norte, o Vale do Douro é a grande referência em produção vinícola e naturalmente possui uma tradição em receber turistas, sobretudo o Alto Douro Vinhateiro, Patrimônio Mundial da Unesco, onde se produz o famoso vinho do Porto.
A Rota dos Vinhos Verdes, na região do Minho, também é destaque turístico. Além de descobrir as origens e sabores da milenar cultura vinícola, quem optar por esse roteiro poderá aproveitar praias, montanhas, vales e rios, além de uma paisagem única onde o verde, que dá nome ao vinho, é a cor dominante.
Outro grande ponto enoturístico de Portugal é o Alentejo, no Sul do país, onde se encontram vários dos principais produtores nacionais. A vinha corre ao longo de extensas planícies e acompanha olivais e florestas.
ITÁLIA
A Itália é parada obrigatória para apreciadores de vinho. Entre todas as regiões do país, a Toscana se destaca pela importância na produção da bebida. Um dos pontos imperdíveis é Laticastelli, próximo a Siena. Construído em um castelo, o hotel organiza tours e degustações em vilarejos medievais intactos, que abrigam vinícolas produtoras dos melhores vinhos da região e ainda são verdadeiras joias históricas.
Outro tesouro escondido é a cidadezinha de Chianti, que produz o tinto seco de mesmo nome, elaborado com as valorizadas uvas Sangiovese. O vilarejo, entre Siena e Florença, é um verdadeiro espetáculo à parte, por apresentar uma sucessão de colinas e vinhedos num tom verde-jade, único no mundo. Há ainda a região produtora de Montalcino, que por si só já vale a visita: foi declarada Paisagem Cultural Patrimônio Mundial da UNESCO. As possibilidades de tours e degustações seguem por Asciano e Pienza, encantando qualquer enófilo.
ÁFRICA
ÁFRICA DO SUL
A África do Sul é um convite para um "safári" em cerca de 100 mil hectares de vinhedos distribuídos em aproximadamente 340 adegas e propriedades. O país traz em seus vinhos uma mistura do contemporâneo com o tradicional, conquistando muitos paladares. A rota dos vinhos tem na região de Franchhoek um de seus mais exuberantes pontos. É ali que está a vinícola Plaisir de Merle, uma das maiores do país, com 974 hectares e diversas variedades de vinhos tintos, brancos e espumantes.
Outra parada obrigatória é a vinícola The House Of JC Le Roux, principal fabricante de espumantes da África do Sul, localizada no coração do Vale Devon. Perto dalí fica também a bela vinícola Neethlingshof, que oferece diversas opções de harmonizações aos visitantes e sabores fantásticos.
Sobre Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
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