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Cultura do Sugar Baby

Satisfação garantida? Especialista fala sobre os efeitos de misturar grana e influência com relacionamentos amorosos

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Quase todo mundo conhece a história: aquela amiga universitária que saía com um cara mais velho porque o cara bancava tudo pra ela, inclusive a faculdade. São as chamadas sugar babies: garotas que se submetem a caras poderosos (geralmente mais velhos) em troca de conveniências.  Mas será que esse tipo de relação tem futuro?
 
Logicamente, a ideia de ter uma garota mais jovem se rendendo aos gostos e prazeres masculinos a qualquer tempo faz parte da fantasia de boa parte dos homens. Agora, será que a coisa funciona na prática? “A cultura sugar baby vem não somente do estilo de vida acelerado que encontramos principalmente em de moradores de cidades, mas também das regiões atingidas pela pobreza, entre aquelas que aspiram viver a boa vida – o que depende de bens materiais para acontecer”, explica  Kojenwa Moitt, ex-representante de um site de sugar babies em busca de sugar daddies, e dona de uma produtora de filmes focada em problemas sociais e direitos humanos para saber mais sobre esse tipo de relação. 

Segundo ela, os presentes dos sugar daddies podem ser categorizados como necessidades versus desejos de consumo. “As necessidades daqueles que demandam bens materiais para sobreviver são computadores caros, roupas de alta costura, bolsas e sapatos; tudo para manter a aparência de que pertencem ao um por cento da população”. Este tipo de comportamento geralmente é encontrado em jovens mulheres entre 20 e 35 anos ou mais, de acordo com Moitt, “que ainda não possuem o mesmo poder que o parceiro”.  Diante disso, ela nos deu três motivos para abandonar a ideia de ter uma sugar baby, veja a seguir se você concorda.

1. É um romance barato  
Que tal pensar em criar um relacionamento honesto com alguém que você genuinamente deseja? Dar apoio por apreciar a missão e paixão de uma pessoa, e não se envolver num laço que tem como base a troca de sexo por dinheiro, pode ser muito melhor no longo prazo. “As mulheres são cheias de profundidades e preferem ter um senso real de comunicação com seus parceiros. Muitas sugar babies desejam aprender com seus sugar daddies e são vistas como suas protegidas”, esclarece a especialista. Sugar babies podem ser companhias fabulosas, enquanto a exclusividade não é uma exigência, mas lealdade deveria ser. Se você está decidido a ser um sugar daddy, jamais esqueça o romance.

2. Ele pode ser destrutivo  
“Patti Stanger é uma casamenteira que sugere que homens na casa dos 50-60 anos que solicitam constantemente a atenção de mulheres entre 15-30 anos é porque o p** deles tem problemas psicológicos”, brinca Moitt. “Sou em prol do amor, mas quando o amor é comprometido por um ideal às vezes fabricado, o comportamento saudável azeda.” 
Para ela, um ser o sugar daddy de uma garota é destrutivo quando um lado tira vantagem do outro desprezando os sentimentos da outras pessoa. “A necessidade dos homens de dar às sugar babies que têm bem menos que eles é altruístico em princípio, mas quando as expectativas do sexo são colocadas como exigência, o fundamento se torna transacional – na verdade, sem fundamento”. Moitt afirma que o desejo de ser amado onde dinheiro é a única condição depende de um maior autoconhecimento.

3. Ele reflete a busca constante por satisfação de uma necessidade emocional imediata
Os caras também buscam elevar o ego, o que, quando associado a estar ao lado de uma mulher mais nova – numa cultura obcecada pela a beleza, como a ocidental – “os homens acabam sendo percebidos como tendo maior status depois de ter encontrado uma companhia feminina atraente”, explica .  Segundo Moitt, o acordo satisfaz uma necessidade emocional imediata que os homens têm de se sentirem queridos por alguém que pode não naturalmente estar inclinado a se sentir assim. “Isso pode ser perigoso se o laço for puramente baseado em suporte financeiro, pois eventualmente os sugar daddies descobrem que nunca conseguem ficar romanticamente saciados após o fechamento do acordo e o início de outro.” 

Para as mulheres, a psicologia do apropriamento da idade entra em questão e começa a fazer sentido sociológico. “Uma mulher em seus 20 e poucos com um cara de 50 anos que é sugar daddy está claramente em um estágio diferente da vida e não pode funcionar legitimamente como uma companheira de verdade com uma diferença de idade tão grande”, alerta a especialista.  “Um acordo como esse pode levar a problemas relacionados à autoestima e problemas de socialização quando um relacionamento se faz presente. O senso de realização da garota pode ser ‘corroído’”.  Para ambos, garante Moitt, se esse tipo de gratificação rápida e superficial se torna uma fórmula de longo prazo, “pode acabar em depressão ou dificuldade em manter relacionamentos que durem e onde o amor


Danilo Barba