Sexo pode ser perigoso para idosos e benéfico para idosas, aponta pesquisa Para eles, aumenta o risco de ataque cardíaco. Para elas, reduz o risco de hipertensão gplus
   

Sexo pode ser perigoso para idosos e benéfico para idosas, aponta pesquisa

Para eles, aumenta o risco de ataque cardíaco. Para elas, reduz o risco de hipertensão

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Todo mundo sabe que não existe idade e tempo ruim para trocar algumas carícias mais quentes. Mas será? Ao longo do tempo, toda a história a respeito do assunto sempre nos levou a acreditar que sexo é ótimo para a nossa saúde, não importa a idade. Porém, foi justamente pensando nisso que um grupo de estudiosos decidiu realizar uma série de testes para saber como o sexo na terceira idade pode afetar o nosso corpo – para melhor ou pior.

Para a surpresa de todos (e azar de alguns), os pesquisadores descobriram que relações sexuais frequentes podem aumentar o risco de ataque cardíaco entre os homens idosos, mas, inversamente, o orgasmo é extremamente benéfico para as mulheres na casa dos 60 anos.

Durante os estudos, os pesquisadores analisaram dados de mais de 2 mil pessoas com idades entre 57 e 85 anos. O primeiro levantamento ocorreu entre 2005 e 2006 e o segundo entre 2010 e 2011, sendo que, em ambos os períodos, o risco cardiovascular foi medido, em termos de hipertensão, ritmo cardíaco acelerado e taxa de proteína no sangue, chamada C-reativa, que mede o nível de inflamação no organismo. 

Ainda foi aplicado um questionário, onde 31% dos casais disseram ter relações sexuais várias vezes por semana, contra 28% que transam duas vezes por mês e 8% que têm relações uma vez por mês.

No fim, os resultados revelaram que sexo moderado pode promover a saúde entre os homens mais velhos, mas, com muita frequência poderia dobrar o risco de acidentes cardiovasculares. Entretanto, entre as mulheres idosas, relações sexuais satisfatórias poderiam reduzir consideravelmente o risco de hipertensão.

"Estes resultados questionam a disseminada ideia de que as relações sexuais melhoram a saúde de todos sem distinção de sexo", afirma Hui Liu, professor-adjunto de sociologia da Universidade de Michigan, principal autor da pesquisa, em entrevista ao jornal Medical Daily

Ainda de acordo com Liu, os resultados sugerem que os esforços de uma relação sexual são mais exigentes com a idade para os homens, já que eles têm cada vez menos energia e mais dificuldade para ter uma ereção e atingir o orgasmo. O que, consequentemente, pode piorar ainda mais caso o homem faça uso constante de medicamentos para disfunções sexuais.

Por fim, no caso das mulheres, os pesquisadores suspeitam que hormônios, liberados durante o orgasmo, poderiam desempenhar um papel importante na promoção da saúde feminina.


Nathalia Marques