Em 20 de março de 1992, o mundo todo e nós, homens, ganhávamos um grande presente do cinema: o lançamento do filme Instinto Selvagem, estrelado pelo experiente Michael Douglas e pela até então desconhecida Sharon Stone, que logo se tornaria um clássico erótico cultuado pelas próximas décadas. Aqui no Brasil, a produção chegou no dia 12 de junho do mesmo ano, uma opção ousada de programa para o Dia dos Namorados.
A sinopse do longa já revela uma trama cheia de suspense e, é claro, muito sexo: o proprietário de um clube noturno é encontrado morto na sua cama. O caso é entregue ao detective Nick Curran (Douglas), que possui um passado de alcoolismo e consumo de drogas. A principal suspeita é Catherine Tramell (Stone), uma atraente e manipuladora romancista que mantinha uma relação há já algum tempo com a vítima.
Em meio às mais de duas horas de projeção, somos presenteados com aquela que viria a ser a cena mais conhecida do filme e, por que não, do cinema nos anos 90: a fatal cruzada de pernas de Sharon Stone, desprovida de qualquer roupa íntima e em toda sua glória. A cena polêmica se tornou uma das mais (re)assistidas durante anos e até hoje é motivo para fazer muitos homens ficarem de queixo caído.
Confira alguns dos fatos mais marcantes por trás do filme que o ajudaram a se tornar uma das obras eróticas mais cultuadas do cinema desde então:
#1 Sharon Stone, até então pouco conhecida, só ficou com o papel da escritora Catherine Tramell porque nenhuma atriz famosa aceitou fazer o filme por conta das cenas de nudez. Antes de chegar a Sharon, o papel foi oferecido por estrelas como Julia Roberts, Meg Ryan, Geena Davis e Michelle Pfeiffer.
#2 Ao cruzar as pernas no filme, Sharon Stone construiu uma das cenas mais icônicas do cinema nos anos 1990, mas a participação no longa fez com que a atriz, então aos 34 anos, perdesse prestígio na indústria de Hollywood e sofresse com baixos salários e poucas ofertas de trabalho.
#3 A famosa cena da cruzada de pernas foi rodada sem que a própria atriz soubesse que o público perceberia que ela estava sem calcinha no momento. Ela soube apenas durante uma exibição-teste, quando viu a cena já dentro do próprio filme.
#4 De acordo com Sharon Stone, o diretor Paul Verhoeven pediu que ela tirasse a calcinha com a justificativa de que a lingerie era muito brilhante e estava refletindo na câmera. Stone concordou, supondo que sua genitália não ficaria visível.
#5 Antes de ser convencida a manter a cena, a primeira reação de Sharon Stone ao ver o resultado final foi ir até a cabine onde estava Paul Verhoeven após a exibição teste e dar um tapa nele. Sharon permitiu o uso da cena após ser convencida pelo próprio Paul, que disse à atriz que este poderia ser seu passaporte para a fama.
#6 O diretor Paul Verhoeven teve a ideia inspirada em uma memória da faculdade, quando uma mulher fez a mesma coisa numa festa, para deixá-lo sem graça. Segundo o roteirista do filme, Verhoeven decidiu que a cena seria mais divertida se Sharon não usasse calcinha.
#7 Apesar das polêmicas, o filme foi um sucesso de bilheteria e arrecadou US$ 352 milhões, valor alto para o início dos anos 1990, ainda mais por se tratar de um suspense erótico para maiores de 18 anos. O longa foi o quarto mais lucrativo do ano de 1992 no mundo.
#8 As cenas quentes entre Michael Douglas e Sharon Stone foram assunto no mundo todo, e ajudaram a atriz a ganhar o status de maior símbolo sexual do cinema na época. Após as filmagens, Michael Douglas teve que ser internado em uma clínica de reabilitação para tratar o vício em sexo.
#9 Instinto Selvagem ganhou uma sequência em 2006, que trazia apenas a atriz Sharon Stone do elenco original. O filme foi um fracasso de bilheteria e teve 4 indicações ao Framboesa de Ouro do ano. Demi Moore e Ashley Judd estiveram cotadas para interpretar a personagem Catherine Tramell, caso Sharon Stone não aceitasse interpretar novamente a personagem.
#10 Sharon Stone aceitou interpretar novamente a personagem Catherine Tramell apenas caso assinasse um contrato chamado "pay or play", em que receberia seu cachê na íntegra independente da realização do filme. Os produtores aceitaram o pedido, concordando em pagar o cachê de US$ 14 milhões.
Sobre Luis Carvalho
Nerd full time, viciado em literatura, HQs, games, filmes e séries, descobriu o amor pelo jornalismo ao perceber que não sabia fazer contas.
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