Os Jogos Olímpicos começam no dia 3 de agosto, mas a abertura oficial só ocorrerá no dia 5. Enquanto isso, esperamos ansiosamente para o início da primeira Olimpíada no Brasil, que também será a primeira realizada em solo sul-americano.
Antes dos holofotes se voltarem para as estrelas de Usain Bolt, Michael Phelps, Neymar e de tantos outros astros, o protagonismo do maior evento esportivo do mundo fica por conta da tocha olímpica, que dia após dia visita diversas cidades do Brasil. Para se preparar para a maratona de competições, conheça algumas curiosidades sobre o maior ícone das Olimpíadas.
A origem dos símbolos
O fogo
A história das Olimpíadas começou na Grécia há cerca de 2900 anos. Já nessa época, os gregos mantinham o fogo aceso durante todo o tempo que durassem os Jogos Olímpicos. Para assegurarem a “pureza” da chama eles utilizavam a skaphia, uma espécie de espelho côncavo que faz com os raios solares se convertam para um ponto específico. Essa cerimônia celebrava a devolução do fogo a Zeus, que segundo a lenda, tivera o fogo roubado pelo titã Prometeu.
A tocha
Além dos jogos, as Olimpíadas na antiguidade eram marcadas por sacrifícios de animais em homenagem aos deuses. Antes das homenagens começarem, uma corrida era disputada até o local das celebrações. O atleta que chegasse primeiro recebia o privilégio de transportar a tocha até o altar onde seriam feitos os sacrifícios.
Visita às cidades do país sede
Um mês antes do início das Olimpíadas, mensageiros eram enviados para todas as cidades da Grécia a fim de anunciar as datas que ocorreriam os Jogos. Além disso, eles também decretavam trégua olímpica, que suspendia as guerras até o fim do último dia das celebrações olímpicas.
O ressurgimento das tradições
Milhares de anos depois, em 1896, as Olimpíadas voltaram a acontecer. No entanto, a chama só voltou a fazer parte dos Jogos em 1928, quando a pira olímpica foi acesa no Estádio Olímpico de Amsterdã. Já a tocha olímpica foi introduzida somente em 1936, nas Olimpíadas de Berlim. Junto à tocha, também surgiram as tradições de acendê-la em Olímpia - local onde ocorriam as primeiras Olimpíadas da história - e de revezar seu carregamento até a cerimônia abertura dos Jogos. Só nessa edição, a tocha passou pela mão de 3.075 pessoas de Olímpia a Berlim. Neste ano, espera-se que 12 mil pessoas conduzam a tocha e que ela atravesse 36 mil (16 mil de avião e 20 mil em terra) quilômetros até chegar ao Maracanã.
O que acontece se a chama apagar?
A tocha olímpica possui combustível interno para fazer com que a chama dure bastante e encare os contratempos da natureza, como chuvas e ventos fortes. Apesar disso tudo, uma hora ou outra o fogo da tocha acaba. Mas, isso não é problema. Para salvar o fogo olímpico existem quatro lampiões que reacendem as tochas.
Tocha olímpica 2016 e seus simbolismos
Como toda a tradição olímpica, a tocha das Olimpíadas deste ano também está repleta de simbolismo. Feita de alumínio reciclado ela possui cores que representam o Rio de Janeiro e o Brasil. O azul escuro representa o calçadão de Copacabana; o azul claro o mar; o verde as montanhas e vales e o amarelo o sol e o ouro.
Curiosidades extras
Em 1992, a tocha olímpica sumiu quando o atleta grego Savvas Saritzoglou, lançador de martelo, a conduzia. Na época, ele disse que fora assaltado por um homem perto do Monte Olimpo. Tempos depois ele assumiu o roubo da tocha.
A viagem mais longa feita por uma tocha olímpica aconteceu em 2008. Antes de chegar ao Estádio Nacional Ninho de Pássaro, em Pequim, ela percorreu 137 mil quilômetros durante 130 dias e chegou até a visitar o Monte Everest.
Para poder ser levada à famosa Grande Barreira de Corais, a tocha olímpica preparada para os Jogos de Sydney foi alterada para produzir um calor de 2000 °C e assim manter a chama acesa até mesmo debaixo d’água.
Sobre Guilherme de Souza Guilherme
Prefere perguntas a respostas e está num relacionamento sério com o jornalismo. Fã de música e livros, é zagueiro adepto do bom futebol, palmeirense-roxo e ex-taekwondista.
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