Cansado de ver estátuas gregas, construções dos tempos de Cristo, a Estátua da Liberdade ou acha que uma final de Liga dos Campeões em plena Allianz Arena é um baita programa de índio? Há uma novidade muito interessante no mercado de turismo: ver ao vivo a Aurora Boreal.
Fenômeno natural restrito apenas a alguns pontos do hemisfério norte da Terra, a Aurora Boreal se torna possível e visível somente em determinadas épocas do ano em função da movimentação do planeta no espaço e durante as tempestades magnéticas que vêm à Terra proporcionadas pelos ventos solares. Ou seja, se já são poucos os que conhecem a existência do fenômeno, menos ainda são os que têm a coragem (e dinheiro) para ver de perto este espetáculo sem igual.
Onde é possível ver
Como este fenômeno acontece apenas no extremo do hemisfério norte, os destinos mais comuns aos caçadores das Auroras Boreais são o Canadá, a Noruega, o estado americano do Alasca, e até mesmo as desconhecidas e longínquas Ilhas de Svalbard e Lofoten, pra lá de duas horas de voo da região mais habitada da região da Escandinávia).
Outro local muito próximo do pólo norte e onde é possível ver a Aurora Boreal é a Sibéria, mas não é um local recomendado para brasileiros, pelo frio que passa a barreira do aceitável se comparado a outros destinos, além da própria distância, uma vez que uma viagem a Rússia seria muito mais cara.
Destinos e pacotes
Se você imagina que é possível fazer um famoso "bate e volta" para ver a Aurora Boreal e voltar ao Brasil rapidinho, está enganado – ainda mais saindo do Brasil. As viagens costumam ser longas para chegar nestes países do hemisfério norte e além disso pequenos deslocamentos durante a própria viagem são inevitáveis para se chegar nos pontos ideais para assistir o fenômeno. Fato esse que pode tomar até dez dias de sua agenda se a viagem tiver como destino o Alasca ou para as Ilhas de Svalbard ou Lofoten, pontos ideais para uma experiência completa do evento.
Quanto aos preços, o agravante é o fato de que como a viagem não é corriqueira, as agências de turismo costumam jogar os preços no alto (isso quando elas oferecem este tipo de pacote, o que na maioria das vezes não acontece). Então, é preciso formar grupos de interessados. Ainda assim, um pacote para o Alasca, incluindo passagem, seguro, documentações e passeios com guia (que fala português), saem entre US$3.000 e US$4.000 para um viajante solitário – uma variação muito grande em função do número de dias escolhido pelo turista.
E este preço dificilmente será atenuado, independente da escolha do destino. No Canadá, por exemplo, uma viagem de quatro dias sem a passagem sai por até US$750 (hotel e guia), em um roteiro que inclui a Aurora Boreal desde a primeira noite da viagem. Mas, ainda assim o destino mais procurado e recomendado para uma experiência completa é mesmo a Noruega, seja na cidade de Tromsø, chamada Capital da Aurora Boreal, ou nas ilhas mais próximas.
Ou seja, é importante deixar claro que esta viagem ainda é cara se feita com guias e agências do ramo e definitivamente não é para os fracos. Mas, todo esforço neste caso vale a pena para ver um dos espetáculos mais incríveis e distantes das terras brasileiras.
