Os americanos e a comemoração meia bomba Gringos não sabem fazer comemoração desvairada, menos confete e mais vampetas bebaços na rampa do planalto gplus
   

Os americanos e a comemoração meia bomba

Gringos não sabem fazer comemoração desvairada, menos confete e mais vampetas bebaços na rampa do planalto

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A competência, perícia e sagacidade que os americanos têm em transformar qualquer coisa num megaevento não é nenhuma novidade. Os caras conseguem fazer com que a experiência de ir a um jogo de Beisebol - um esporte chato e moroso – seja algo muito foda, a vibe nas arquibancadas e tudo o que circunda o jogo é possivelmente mais interessante do que acontece dentro das sei lá quantas linhas do campo.

Se eles mandam bem em esportes meio tediosos, a coisa fica mais preza ainda quando falamos de jogos dotados de muita disputa, emoção e intensidade, como o Futebol Americano, Hóquei e Basquete. O Superbowl dispensa apresentações e/ou comentários, sendo um dos eventos esportivos mais esperados do ano, com uma superprodução pica pra caralho, shows monstruosos e uma audiência gigantesca, que justifica ser o segundo mais caro da televisão americana para quem desejar anunciar sua marca no intervalo. Os jogos da NBA duram sei lá, o dobro do tempo necessário, mesmo assim a experiência é massa, com diversas opções de entretenimento.

Porém, tamanha meticulosidade na produção dos eventos torna certos momentos muito protocolares. O maior exemplo disso é quando rola o apito final, em qualquer um dos esportes acima citados. É bem raro ver uma comemoração desvairada, tanto e atletas quanto da torcida. Peguemos o exemplo da final da NBA, mesmo jogando fora de casa, o GSW tinha uma parcela da torcida e porra, os caras ficaram QUARENTA anos sem ganhar, se tivesse um mísero torcedor realmente apaixonado/demente, o mínimo que eu esperaria era uma invasão de quadra, FODASSE O PROTOCOLO.

Outra parada que não faz o menor sentido é entregar a taça para o DONO/CEO da equipe, sempre um sujeito todo engravatado com a camiseta SOMOS CAMPEÕES por cima do traje que fica discursando sobre o planejamento do ano e ZZzZZZzZzzz. Nesse quesito falta um pouco de espontaneidade para nossos amigos americanos. Mesmo após a cerimônia na quadra, os caras vão pro vestiário e não rola loucurama, nem trago nem nada. O que acontece é uma sessão de fotos com a taça, com fundo verde e tudo mais. 

Falta um pouco de malacaquicidade, seja ela sulamericana ou europeia, falta jogadores subindo nas tabelas e cortando as redes pra levar de recordação. Falta aquele jogador coadjuvante roubar a bola oval e levar pra casa. Falta algum ser iluminado para encher a taça de ceva e promover  um banho coletivo de cevada como ocorre na final da Bundesliga. Falta aquele torcedor bêbado de alegria que entra em chamas na quadra após a conquista e aparece em mais fotos que até o capitão do time. Falta um pouquinho de pau durismopra ligar o foda-se. Resumindo: MENOS CONFETE E MAIS VAMPETAS BEBAÇOS DANDO CAMBALHOTA NA RAMPA DO PLANALTO.


Giovani Groff