Quem disse que o bonzinho só se fode? Já me disseram isso mais de mil vezes, mas será que isso é a verdade absoluta? gplus
   

Quem disse que o bonzinho só se fode?

Já me disseram isso mais de mil vezes, mas será que isso é a verdade absoluta?

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Por Ricardo Coiro

Irmão, antes de você decidir que entrará para o time dos malvados e mentirosos que vivem a esmigalhar corações por aí, por favor, sugiro que leia este texto com extrema atenção. Por quê? Porque você pode estar confundindo totalmente as bolas, ou melhor, achando que “ser bonzinho” – o que, em minha opinião, é legal, agradável e uma forma de demonstrar caráter – é a mesma coisa de“ser bunda mole” – postura frouxa que realmente funciona como um repelente de mulheres.

Diferente do que muitos pensam, para ser bonzinho você não precisa carregar a bolsa dela no shopping, enquanto ela observa as vitrines. Não precisa concordar com todas as frases que ela diz - como se morresse de medo de contrariá-la ao expor as suas opiniões e pontos de vista. Para ser bonzinho você não tem que começar a transar feito o príncipe meloso da Disney que, bem na hora H, pergunta: “Amorzinho do meu coraçãozinho, posso comer você de quatro?”. Para ser bonzinho você não precisa parar de dar tapas na bundinha dela, quando ela estiver prestes a gozar. Para ser bonzinho você não tem que abrir mão do seu direito de dizer “não”, quando não estiver a fim fazer algo. Para ser bonzinho, irmão, você não precisa ser bunda mole ou agir como se fosse um labrador treinado para passar o dia todo lambendo as canelas dela. Percebe a gritante diferença entre “ser bonzinho” e ”ser bunda mole”? Uma coisa é uma coisa e outra coisa é... outra coisa, claro.

Você pode ser bonzinho, ou seja, ajuda-la a resolver problemas que ela não consegue sozinha, zelar pela saúde dela, pensar em maneiras de surpreendê-la, não traí-la ou enganá-la, tratá-la com muita educação e respeito, e, ao mesmo tempo, não ser aquele tipo de cara que diz coisas repelentes como: “Paixãozinha, você quebrou a sua unha? Quer que eu a lixe para você?”. Isso não é ser bonzinho, meu véio, é ser baba ovo ao quadrado, o que é, obviamente, extremamente broxante para as mulheres, acredite em mim.

Outra coisa: é preciso ter bom senso – e sensibilidade - para saber os momentos – e locais – nos quais você poderá ser mais bonzinho, sem causar espantos. Não entendeu? Exemplifico: quando ela estiver prestes a fazer um exame de sangue e completamente amedrontada, faz todo o sentido ser muito bonzinho, e, de alguma forma – seja com um abraço forte, carinho na mão ou uma piada besta -, confortá-la e deixa-la mais segura. Certo? Já na hora do sexo, irmão, a coisa precisa mudar de figura e você de postura: a grande maioria nas mulheres não deseja ser comida por um homem bonzinho, que zelosamente arruma a franja delas em pleno vai e vem. Com certeza não! Duvida? Faça uma enquete.

Na hora de transar, sem medo de ser – e de fazê-la –feliz, deixe o bom moço de lado – se possível fora do quarto! Engula-a, morda-a, segure-a e a puxe de maneiras capazes de fazer com que ela, quando estiver sem forças até para falar, apenas pense: “Carái, cadê aquele homem que ontem, na hora em que atravessamos a rua, preocupou-se em me deixar protegida dos carros?”. Entende o meu ponto, irmão?

A real é que o bonzinho se fode, principalmente, se assim permanece na hora da foda. O que não quer dizer que, fora da cama e em momentos em que as demonstrações de bondade vão gerar conforto e segurança,você a deixará feliz se agir como um canalha malvado. 

A dose é o segredo de tudo na vida, é a diferença entre o que envenena e o que faz gozar. Pense nisso.


Ricardo Coiro