Síndrome do pequeno poder Frustração e complexo de inferioridade são alguns fatores que fazem pessoas agirem de forma abusiva e autoritária gplus
   

Síndrome do pequeno poder

Frustração e complexo de inferioridade são alguns fatores que fazem pessoas agirem de forma abusiva e autoritária

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"Se quiser conhecer uma pessoa, dê poder a ela."

O ditado popular é fato. 

Algumas pessoas faltam com o bom senso e se prendem cegamente às próprias regras, muitas vezes prejudicando intencionalmente outras pessoas, quando não fazem por querer, acham que estão agindo com justiça. Já teve algum chefe assim? É terrível e incômodo, causa uma angústia na vida profissional, mas acontece muito. 

Quando a voz não é valorizada em nenhum lugar, elas acabam exercendo poder até sobre gatos e cachorros porque algo precisa ser oprimido. A síndrome do pequeno poder tem seus motivos e vamos apresentá-los para que você possa entender melhor como funciona esse tipo de pessoa e de que maneira pode lidar com esse perfil.

Desvio de comportamento
O nível hierárquico é o mais baixo, mas mesmo assim a pessoa se sente no direito de dar ordens e se mostrar superior ao estagiário ou a um recém-contratado da empresa. Ela fantasia ter um poder usa isso de forma energética e autoritária. Quando tinha o mesmo cargo que seus colegas de trabalho era uma pessoa, mas agora que foi promovida, é outra completamente diferente. Procura se vangloriar da promoção e em alguns casos até se afasta dos colegas porque agora eles são inferiores. 

Egocentrismo
O chamado "nariz empinado", "rei na barriga" e outras expressões caracterizam aqueles que se acham mais do que realmente são e acabam menosprezando e até humilhando outras pessoas para satisfazer seu ego. O resultado: não consegue exercer como deveria a função de líder, pois esse desvio de conduta prejudica o desenvolvimento do trabalho em equipe. Esse tipo de pessoa acha que é mais importante que o grupo. Esquece que precisa do grupo para chegar no objetivo final do trabalho. 

Não surge da noite pro dia
Antes mesmo de entrar no mundo empresarial, vemos a síndrome na escola, quando aquele menos capacitado sofre com os colegas e até mesmo no ingresso à faculdade com o famoso trote. Os veteranos detêm o poder por serem mais velhos e o resultado costumamos ver nas notícias de humilhação abusiva e violência. Esse tipo de atitude acaba se repetindo de outras formas dentro das corporações. 

O problema tem várias caras
A síndrome está espalhada na sociedade em inúmeras ocupações e por isso não é difícil encontrar. O porteiro que barra a entrada sem necessidade, o segurança de balada que se sente no direito de expulsar alguém sem antes apurar os fatos, o guarda do banco que faz a pessoa tirar tudo para poder passar pela porta giratória, o policial que age com violência, são alguns exemplos de pessoas que se prendem as regras de suas funções e usam sua autoridade de forma pouco eficiente por faltarem com bom senso em situações específicas de grande necessidade e urgência.

Causas
Uma das causas desse problema pode ser a frustração. Uma pessoa que sempre quis ser uma coisa, mas faz outra porque não conseguiu o queria, pode agir de forma abusiva, irracional e lá no fundo é como se estivesse descontando seu fracasso em outras pessoas. Outro motivo é a baixa autoestima e o complexo de inferioridade. Trata-se daquele que sempre se viu inferior aos outros e quando recebe algum poder, utiliza-o exaustivamente para provar a si próprio que é capaz. É o tipo de pessoa que necessita ver o próximo prejudicado para se sentir bem.

A psicologia diz que essa síndrome precisa de tratamento, mas não é apenas um problema individual. Ele está enraizado na sociedade com o machismo e com a forma com que as relações de insubordinação e submissão foram construídas ao longo dos anos.