Entre os maiores empecilhos e dores de cabeça envolvidos em uma viagem de avião, o preço certamente é um dos principais (se não o principal). Poucas pessoas sabem, porém, que os aviões privados das companhias aéreas não são a única maneira de voar. Acredite ou não, qualquer um que possua nacionalidade brasileira pode pegar uma "carona" nos aviões da Força Aérea Brasileira quantas vezes quiser, sem pagar nada e nem é necessário ter uma patente do exército.
Para ter acesso ao serviço, é necessário fazer a inscrição no Correio Aéreo Nacional (CAN) por meio da base aérea mais próxima para candidatar-se a uma vaga, mas é necessário ter cuidado: as inscrição é válida por apenas 10 dias, então a dica é procurar o serviço quando estiver bem próximo da data da viagem.
O tempo para ser chamado é bastante imprevisível, pois os vôos não são regulares e nem possuem datas, horários e destinos previamente definidos como acontecem nos aeroportos, mas costuma demorar apenas alguns dias, sendo que a lista de espera segue uma ordem se prioridades, com oficiais da aeronáutica em primeiro, seguido por oficiais da marinha, oficiais do exército, família dos oficiais e, por último, qualquer outra pessoa.
A possibilidade de ser chamado depende também da disponibilidade de vôos de cada base. As viagens mais frequentes acontecem entre as principais capitais dos países e, segundo informações da FAB, a maior quantidade de demanda está na região Norte do país, para viagens com destino para lugares mais remotos e de difícil acesso.
Antes de aproveitar a chance para exagerar na bagagem, saiba que a FAB permite carregar um máximo de apenas 15kg em uma mala e mais 5kg na bagagem de mão.
Os modelos de aeronaves também variam e o passageiro pode ser transportado tanto em um confortável jato C99, utilizado por autoridades, como também um cargueiro turbo-hélice Bandeirante, com capacidade máxima para apenas 20 pessoas.
Sobre Luis Carvalho
Nerd full time, viciado em literatura, HQs, games, filmes e séries, descobriu o amor pelo jornalismo ao perceber que não sabia fazer contas.
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