Diferente dos negócios convencionais, o empreendedorismo digital demanda menos aporte de recursos financeiros, já que a própria internet disponibiliza algumas ferramentas gratuitas muito interessantes. Se formos comparar, manter uma loja virtual, por exemplo, é muitos mais barato do que custear uma revenda em um shopping center ou mesmo na rua de qualquer capital brasileira.
A maioria começa oferecendo produtos através do gigante Mercadolivre.com, presente em 13 países e com a atuação de cinco milhões de vendedores únicos. De acordo com a consultoria Nielsen Company, 80% dos internautas que oferecem produtos na plataforma são homens com idade entre 26 e 35 anos, sendo que a maioria trabalha ao mesmo tempo com outros canais.
Como esse modelo de negócio é bastante lucrativo, muito por conta da economia gerada com a manutenção de uma loja física, a Nielsen constatou que 22% dos entrevistados na pesquisa largaram seus empregos para se dedicar exclusivamente ao comércio eletrônico. Além de não ter mais que aguentar o chefe e enfrentar o trânsito caótico das grandes cidades, o comerciante virtual pode trabalhar de qualquer lugar do mundo, desde que ele tenha em mãos um computador conectado à internet.
Mas há quem observe maiores oportunidades. Há muitos casos de pessoas que decidiram expandir suas operações. E, para isso, é preciso profissionalizar o negócio, pensar em logística, na melhor maneira de adquirir e estocar mercadorias e no atendimento ao cliente, já que a fama se espalha como um vírus na web, seja para elogiar ou, principalmente, para detonar a reputação de seu empreendimento.
A consultoria também percebeu um movimento migratório do lojista tradicional para o e-commerce. Ainda de acordo com o estudo, 87% dos brasileiros ouvidos avaliam a internet como um canal de vendas mais interessante e lucrativo que o modelo offline.