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Conheça as confort women: as mulheres obrigadas por japoneses a “consolar” soldados durante a Segunda Guerra Mundial

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Num clima de guerra de proporções catastróficas é difícil imaginar que alguém consiga pensar em sexo, não é mesmo? Pois não para alguns soldados japoneses. Apesar de ter tentado “maquiar” sua história por diversas vezes, denúncias recentes revelaram que -- antes e durante a Segunda Guerra Mundial -- o Japão mantinha mulheres coreanas, chinesas e filipinas à disposição da libido dos membros do exército.

Popularmente conhecidas como confort women, ou mulheres consolo, elas chamaram a atenção da imprensa internacional em 1991, quando Kin Hak-Soon -- uma das vítimas do abuso, hoje com 84 anos -- fez uma denúncia pública. Seu ato desencadeou uma série de investigações e relatos que trouxeram à luz o lado perverso de militares de uma nação que foi atingida por duas bombas atômicas em 1945.

Segundo os depoimentos, os soldados japoneses sequestravam garotas e mulheres de suas casas e as prendiam em bordéis sustentados pelo próprio exército em territórios dominados. Além de “servir” a todas as forças armadas nipônicas, um informe do governo confirmando a versão de Kin Hak-Soon mostrou que o esquema era mais organizado que puterinho de bairro.

Como tudo que se faz no exército exige disciplina, autoridade e respeito, não é de se espantar que os momentos de prazer entre uma emboscada e outra também eram controlados rigorosamente. Os alojamentos das Confort Stations eram preenchidos conforme a patente do indivíduo: enquanto um oficial podia ficar até 40 minutos “amaciando as carnes”, um mero soldado tinha somente 20 minutos para alcançar seu breve nirvana.

Depois de confirmados os crimes, hoje existe um conselho coreano formado para proteger os interesses das mais de 200 mil mulheres que prestaram serviços sexuais aos japoneses. Embora o Japão tenha se retratado por diversas vezes às confort women, o Women and War quer mais: a admissão da escravidão sexual e uma pensão às vítimas e seus familiares.