Em algumas famílias, dinheiro é assunto que não se discute com crianças. O erro começa aí. Não espere que a escola ensine ao seu filho quando sobre orçamento, economias pessoais e mesada. Suas decisões econômicas influenciam diretamente no cotidiano das crianças, portanto, chegou a hora de ensiná-los a lidar com as próprias finanças, e isso deve começar desde cedo.
O correto, antes de colocar a prole no mundo, é acumular recursos, pois a quantidade de gastos no primeiro momento assusta. Defina a divisão dos custos entre o casal e esteja preparado para lidar com o imprevisível.
Em todos os âmbitos, pais são fonte principal de inspiração para os filhos, nos assuntos financeiros idem, mesmo quando o orçamento não é pauta, ele é observado e fica de aprendizado. Portanto, pais consumistas incentivam filhos que a todo momento querem comprar alguma coisa.
Anote algumas dicas para ajudar seus filhos a crescem com discernimento sobre como fazer bom uso do dinheiro.
- O cofrinho ainda é a maneira mais prática para ensinar. O brinquedo mistura o lúdico com o real, e se comunica bem com o universo infantil, facilitando o entendimento sobre o que é e como fazer para guardar dinheiro.
- Por menor que seja o valor a investir, vale a pena fazer uma poupança para acumular dinheiro em nome do filho. Quando a criança passa dos seis anos esse tipo de atitude fica mais clara, vale dividir com ela que para o futuro ela tem um caixa.
- Bote no papel o que gasta, é fundamental para mostrar à família o que entra e o que sai do caixa da casa para que todos tenham consciência do orçamento mês a mês.
- Falar não é educar o filho financeiramente, e não maltratá-lo.
- Contenha a ansiedade da criança. Brinquedo e presente precisam ter um motivo para acontecer. Mostre a ela que esperar por algo e poupar para ter aquilo é muito mais interessante.
- Ensine como dividir o valor da mesada por períodos (semana, mês, datas especiais como aniversario, Natal e Dia das Crianças). Mostre que existem maneiras diferentes para gastar: gasto imediato, promoções no curto prazo e montante para gasto no longo prazo.
- Os prazos devem ser sempre proporcionais à idade da criança. Até cinco anos, elas não conseguem entender o que é abstrato, ou seja, guardar para ter coisas que elas não possam ver e tocar. A partir dos sete anos, isso já é possível.
- Para uma criança de sete anos, um ano já é o prazo máximo que ela consegue projetar guardando dinheiro. No final do período, permita que a própria criança desfrute de suas economias.
- Importante é que ela perceba claramente que economizar dá trabalho, mas pode oferecer momentos de grande prazer.
- Parabenize as iniciativas de seu filho quando ele optar por guardar ao invés de gastar.
- Se for dar dinheiro fora da mesada, dê valores pequenos para que eles aprendam como juntar é importante.