É bem verdade que hoje muitos homens são vegetarianos, e seja por uma opção de vida ou de saúde, levam suas vidas numa boa. Mas, a maioria esmagadora ainda bem curte "umas boas carnes", nem que seja só para os churrascões dos finais de semana e feriados da vida. Afinal, é gostosa sim aquela picanhinha, um bom franguinho na grelha. E especialmente para você, um fã inveterado da carne vermelha, esta matéria lhe trará boas notícias.
A fama de fato não é das melhores e muitos acreditam que a carne vermelha – principalmente a bovina, uma das mais consumidas pelos brasileiros – faz mal. Porém, esse é um mito que aos poucos vem sendo desconstruído, até mesmo pela classe médica. Um bom exemplo disso foi o lançamento do livro "Sinal verde para a carne vermelha", do cirurgião vascular Wilson Rondó Júnior, um dos precursores no país ao apontar que, ao contrário do que se acredita, o alimento não é por si só o grande vilão de males como doenças cardíacas, obesidade e câncer.
Todavia, isso não significa que não haja problemas em consumir a carne bovina. É preciso sim ter alguns cuidados. "Os malefícios da carne vermelha só aparecerão se houver uma ingestão excessiva. Esse alimento, em especial as partes gordas, apresenta teores elevados de gordura e colesterol, aumentando o risco de doenças metabólicas. Mas, se o consumo for moderado, em equilíbrio com os demais tipos de alimentos e associado a um estilo de vida mais ativo, o indivíduo terá menores riscos de complicações à saúde", revela a nutricionista Maysa Vieira de Souza.
As carnes magras
Mesmo sabendo que a carne vermelha não faz (tão) mal à saúde se consumida sem excessos, há cortes considerados mais magros que outros. Como assim? "A pele, a camada de gordura visível e a gordura intrínseca conferem o aporte de gordura presente na carne. Assim deve-se retirar toda a gordura visível antes do preparo. Mesmo assim, ainda restam as gorduras intrínsecas", lembra Maysa.
Então, de fato, alguns cortes apresentam menor quantidade de gordura que outros. Mas quais são esses cortes com menor índice de gorduras intrínsecas? Lagarto, patinho, lombo, alcatra, músculo, coxão mole, coxão duro e o filé mignon. Já as vilãs desse filme são velhas conhecidas de nossas mesas: contrafilé, acém, cupim, fraldinha, picanha, costela.
Aves, peixes e porcos...
Até mesmo esses animaizinhos "inofensivos" exigem cuidados sim. É bem verdade que alguns deles menos que outros. Por exemplo, os peixes: por natureza, em geral não possuem gordura em excesso, mas se forem marinados ou enlatados a coisa muda de figura. Já quando o frango ou galinha caipira estão em sua mesa, os cuidados ficam para as coxas, asas e carnes com pele (sobrando de saudável o peito e as carnes sem pele). Já os porcos, esses sim são perigosos. De pouco gorduroso apenas lombo e pernil. Barriga, costelas, bacon, salsicha e outros embutidos são sim vilões – então, os evitar é uma boa.
E nunca se esqueça que o modo de preparo das carnes tem um caráter fundamental: "Deve-se sempre que possível evitar frituras, preparações empanadas, à milanesa, e assados como, por exemplo, tortas feitas com massa podre e folhados. Dar preferência nas preparações para as assadas, cozidas ou grelhadas", decreta Maysa. E nunca se esqueça de retirar peles e qualquer gordura visível antes do preparo. Aí é só mandar ver!