As sardas são mesmo um grande mistério. Poucos são os que sabem o que elas de fato são, por que elas surgem e, muitas vezes, sequer paramos para reparar se as temos ou não. Em contrapartida, quem as tem em excesso costuma não gostar nenhum pouco da história. Mas, afinal, o que realmente importa: as mulheres gostam? Se não, há como tratá-las?
Antes de responder a estas questões, é preciso compreender o que são as sardas: ''Elas são manchas pequenas, geralmente de um a três milímetros, pigmentadas, bem circunscritas e encontradas na pele exposta ao sol, principalmente nos indivíduos de pele clara. Localizam-se principalmente na face, ombros, colo e face dorsal dos braços, que são as áreas do corpo mais expostas à luz solar'', revela Sérgio Palma, dermatologista e presidente da Regional PE da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Comuns em indivíduos de pele bem clara, principalmente os que apresentam cabelos ruivos ou loiros, as sardas costumam surgir logo nos primeiros anos de vida, e o seu escurecimento é resultado do aumento da produção de melanina induzida pelo sol. Elas podem aumentar em número, distribuição e, dependendo da intensidade da exposição solar, podem ficar mais escuras. Sinal de que elas podem ser perigosas para a saúde da pele? ''As sardas, ou efélides, são benignas e felizmente não evoluem para melanoma ou o câncer da pele, porém, apesar de não serem precursoras diretas do câncer da pele, elas constituem marcadores para o dano induzido pela radiação ultravioleta, consequentemente, marcadores para um maior risco de surgimento de neoplasias induzidas pela radiação UV'', explica.
Elas gostam ou não gostam?
Se elas dominam todo o seu rosto (o que não é tão comum), elas podem incomodar sim as mulheres. Porém, se forem mais moderadas - alguns pontos que se estendem sobre a maçã do rosto, ultrapassando o nariz (o que é mais comum), o efeito pode até se tornar positivo.
O fato é que quanto menos elas forem escuras, melhor. Muito provavelmente você, como os homens em geral, nem repararam que elas existiam, mas as mulheres são perigosas e natas observadoras, capazes de encontrar imperfeições que sequer existem.
Prevenções e tratamentos
''É possível evitá-las, adotando medidas corretas de fotoproteção, que incluem respeito aos horários de exposição solar, evitando horários com maior pico de radiação UV, uso de bonés e chapéus de abas largas, de sombrinhas e vestuário com tecidos que tenham proteção UV, óculos escuros com lentes protetoras e, claro, a aplicação de filtro solar de amplo espectro, com proteção contra os raios UVA e UVB''. Porém, pelo fato de as sardas serem ligadas à hereditariedade, em muitos casos não é possível eliminá-las por completo.
Se você já as tem e quer se livrar delas, procedimentos cosmiátricos podem ser indicados e aplicados pelo dermatologista no consultório para amenizar as sardas, incluindo a aplicação de peelings químicos seriados, peeling de cristal, além do emprego de lasers e outras tecnologias como a luz pulsada, com ação no pigmento, que aceleram e aperfeiçoam o clareamento das sardas.