Há uma série de polêmicas quando o tema em pauta é o famoso shake de proteína, produto muito usado por quem regularmente frequenta a academia. Afinal, cada um fala uma coisa sobre a tal vitamina, famosa internacionalmente pelo péssimo sabor. Uns juram que ela emagrece, outros que é capaz de intensificar o poder de ganho muscular ou ainda que ela sequer funciona para nada disso.
Mas, acima de todas essas questões, o fato é que a proteína é uma substância que deve estar presente nas atividades físicas. "A proteína em quantidade adequada melhora o ganho muscular, entretanto em excesso não melhora ou aumenta este processo. O consumo destes shakes de proteína, além da quantidade excessiva da substância, adicionará ainda mais calorias à dieta e sem ganho extra de músculos", explica a nutricionista Andreia Torres.
Pode parecer uma opinião polêmica, afinal muitos conhecem pessoas que juram ter obtido melhores resultados depois do consumo dos shakes. "Estudos afirmam que aqueles que usam proteína como suplemento em forma de shake, ganham duas vezes mais músculos do que os que não tomam, pois o corpo utiliza essa proteína mais rapidamente. A eficiência é melhor tomando o produto uma hora antes dos treinos e outra dose uma hora após", aponta o educador físico Vinicius Dobgenski.
Como cada corpo possui um tipo de metabolismo, às vezes o shake pode ser muito efetivo para uns e pouco efetivo para outros - depende da exigência e velocidade no funcionamento do organismo de cada pessoa. Então, o fundamental é visitar um nutricionista para saber se você anda se entupindo de proteínas sem necessidade, o que seria perda de tempo e dinheiro com suplementações desnecessárias. Mas, sem dúvidas, para atletas a suplementação é ideal, pois a exigência protéica é maior (veja a simples receita do shake na legenda da segunda foto).
Substituindo refeições pelo shake - Francamente, amigo: tudo errado. "Os shakes de proteína, como o próprio nome já diz, não contêm todos os micronutrientes (vitaminas e minerais) e macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) necessários para uma refeição bem equilibrada nutricionalmente. Se consumidos por muito tempo, eles podem sim trazer danos à saúde, como carência de vitaminas, minerais, resultando por exemplo em anemia, perda de massa muscular, cansaço, irritabilidade, etc. Uma refeição líquida no lugar de alimentos sólidos por períodos prolongados podem comprometer à motilidade intestinal, levando à constipação, o popular intestino preso", aponta a nutricionista Carolina Oliboni. Então, não perca tempo e evite substituir refeições pelo produto.
O que ingerir após o treino - "Depois do treino o consumo de proteína é mais indicado, pois é o momento em que ocorre o pico de síntese proteica, sendo o momento adequado para a construção de massa muscular. Vale lembrar que para isso, é necessário não somente o consumo de proteínas, mas de carboidratos também", explica Carolina, que também aponta que as doses destes suplementos devem ser calculadas levando-se em conta o total de proteína ingerido através da alimentação, para que não haja consumo excessivo, uma vez que se o total proteico consumido pela alimentação atingir as necessidades de um indivíduo, os suplementos podem ser inúteis.
Pedras nos rins - "Os estudos ainda não são definitivos, mas especula-se que o excesso de proteína pode sobrecarregar os rins, prejudicando seu funcionamento normal. Mas as pedras nos rins geralmente são causadas por outros motivos, tais como excesso de alguns minerais e baixo consumo de água", aponta Carolina.
Por fim, é preciso distinguir o shake de proteína, opções aos que buscam ganhar massa muscular, dos famosos Diet Shake's da vida, que visam o emagrecimento e são muito diferentes entre si. Fique ligado para não fazer besteira!
