Noites mal dormidas acabam com o dia de qualquer um. Você fica de mau humor, pode engordar e até corre o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e mentais. Além de tudo isso, também não ajuda em nada na sua aparência, o que pode ter consequências ainda piores do que simples olheiras: sua cara de sono faz com que as pessoas pensem que você não é inteligente.
Ao menos, é o que afirma um grupo de neurocientistas da Universidade St. Andrews, Estado Unidos. Juntos, eles analisaram a abertura das pálpebras e a curvatura da boca de 200 voluntários e descobriram que mínimos detalhes nessas áreas do rosto têm um impacto enorme na impressão que outras pessoas têm de nós.
Para testar a veracidade do tema, os pesquisadores mostraram fotos de um rapaz para os voluntários, alterando levemente a abertura das pálpebras em cada edição. Os voluntários que viram o modelo com os olhos mais alertas deram notas mais altas no quesito “aparentemente inteligente”. E quanto menor a abertura das pálpebras, menos inteligente ele parecia.
Os pesquisadores também analisaram digitalmente os rostos dos voluntários e perceberam que aqueles que estavam com os lábios menos caídos foram classificados como mais espertos. Se invertiam a curvatura da boca, mesmo em um nível quase imperceptível, os participantes já admiravam menos o intelecto da pessoa mostrada na foto.
De acordo com o estudo, independentemente do tamanho dos olhos, a abertura das nossas pálpebras tem tudo a ver com a qualidade do nosso sono à noite, e o quanto ele afeta nossa parte física e psicológica. Logo, quanto melhor o seu sono, mais inteligente você vai parecer.
Mas, após o resultado do estudo, a preocupação dos cientistas acabou indo muito além da estética: na pesquisa, eles consideram que crianças que vêm de ambientes familiares turbulentos, e consequentemente têm uma qualidade de sono ruim, podem passar para os professores uma impressão de baixo potencial intelectual. O problema é que, segundo estudos anteriores, crianças consideradas menos inteligentes são menos estimuladas, e, no fim das contas, acabam indo mal na escola e se tornando adultos problemáticos.
Sobre Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
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