Algumas pesquisas feitas em nome da ciência chamam a atenção não por sua utilidade potencial ou prática, mas pelo grande esforço feito para se chegar a conclusões aparentemente óbvias ou cômicas. Desde 1991, a revista de humor científico norte-americana Annals of Improbable Research (Anais da Pesquisa Improvável) honra essas pesquisas com o Prêmio IgNobel, que busca estimular a imaginação e o interesse público pela ciência e a tecnologia.
Embora devamos muitas de nossas facilidades atuais aos estudos científicos desenvolvidos exaustivamente por grandes figuras como Isaac Newton, Galileu e Albert Einstein, nem sempre os resultados são brilhantes. Por causa disso, o AreaH selecionou as sete pequisas mais estranhas levadas à cabo, e o pior, suas conclusões!
PESSOAS MAIS ALTAS GANHAM MAIS
Segundo um estudo publicado recentemente pela empresa de consultoria e pesquisas norte-americana The Economic Record, as pessoas mais altas ganham mais dinheiro que as mais baixas. Apesar dos baixinhos serem vistos como pessoas de personalidade forte, os pesquisadores concluíram que os indivíduos de maior estatura aparentam ser mais inteligentes e poderosos.
CHULÉ PSICOLÓGICO
Mesmo com a contribuição do suor e das bactérias, o principal motivo por trás do mau cheiro nos pés é a forma como você se sente a respeito disso, de acordo com os cientistas do Shiseido Research Centre, na cidade japonesa de Yokohama. A conclusão do estudo, publicado no British Journal of Dermatology, afirma que as pessoas que acreditam ter chulé realmente têm, e as que não pensam assim ficam livres do odor. O projeto recebeu o Prêmio IgNobel em 1992.
MULHER DE VERMELHO
O professor Andrew Elliot da Universidade de Psicologia de Rochester conduziu dois estudos para descobrir o quão atraente a cor vermelha é para o sexo masculino. No primeiro, 23 homens foram expostos a fotos de mulheres vestidas com camisetas vermelhas ou verdes. Em seguida, eles receberam um questionário em que deveriam escolher perguntas que fariam às mulheres das fotos. Aqueles que viram a mulher de vermelho foram os que fizeram mais perguntas íntimas e sobre como poderiam chamar a atenção dela num bar.
No outro experimento, 22 homens foram convidados a conversar com mulheres vestidas de vermelho e outras de azul. Os indivíduos que conversaram com mulheres de vermelho tenderam a se sentar mais próximos a elas. A conclusão do projeto de Elliot, o qual foi publicado pelo European Journal of Social Psychology, foi que a cor vermelha é mesmo afrodisíaca e um indicador de receptividade sexual. Portanto muito cuidado, gatinhas de vermelho podem realmente fazer você abrir a carteira sem perceber!
A TORRADA SEMPRE CAI VIRADA PARA BAIXO?
Segundo o adágio popular da Lei de Murphy, que diz que se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará, você sempre vai esquecer o guarda-chuva em dia de trovoada e a torrada sempre cairá com a parte da manteiga no chão.
Esta última certeza parece ter tirado o sono do físico Robert Matthews, da Universidade de Aston, no Reino Unido. Sua pesquisa foi premiada pelo IgNobel em 1996, cuja conclusão garante que a torrada cai mais frequentemente virada para baixo porque ela gira até alcançar terra firme.
TEMPO EM CÂMERA LENTA
Quem pratica esportes radicais ou sofreu experiências de risco, como um acidente de trânsito ou assalto, tem a nítida impressão de que nesses momentos de stress e incerteza o tempo passa em "câmera lenta".
Em 2006, o neurocientista David Eagleman da Universidade do Texas tentou desvendar o mistério num experimento registrado no documentário Time, produzido pelo físico Michio Kaku, co-criador da teoria dos campos de corda.
A adrenalina liberada em momentos de tensão faz com que o cérebro humano trabalhe mais depressa, e para provar isso Eagleman usou um método muito simples. Ele desenvolveu um aparelho digital que apresenta números numa velocidade muito alta para identificarmos normalmente, e uma cobaia usou o dispositivo enquanto saltava de uma torre. Para o sucesso do trabalho de pesquisa, ela conseguiu acertar a maior parte deles, confirmando que o tempo passa mesmo mais devagar quando enfrentamos experiências extremas.
INTRUSO NO BANHEIRO
Nós homens sabemos muito bem como é incômodo dividir um espaço apertado na hora do pit stop. De acordo com um estudo feito pela Society for Personality and Social Psychology, os homens demoram mais para urinar quando estão na presença de estranhos.
Utilizando periscópios em banheiros públicos, os pesquisadores descobriram que alguns indivíduos ficaram adjacentes aos outros nos mictórios, enquanto outros deixaram um deles livre entre os desconhecidos, e a outra parcela deles usou a privada.
O estudo concluiu que os homens que ficaram adjacentes urinaram em 8,4 segundos, os que pularam um mictório fizeram o serviço em 6,2 segundos e os que usaram a privada tiveram o melhor tempo, com 4,8 segundos. Curiosamente, nenhum daqueles que fazem questão de "monitorar" a performance dos homens nos mictórios participaram do projeto.
MENSTRUAÇÃO E O PRECONCEITO
Uma pesquisa recente feita pela Michigan State University e publicada pelo Huffington Post pode explicar parte do mau humor repentino das mulheres. Melissa McDonald, autora do projeto, expôs 252 estudantes do sexo feminino a uma bateria de testes para avaliar suas reações a homens de diversas nacionalidades. Seu grupo de pesquisadores concluiu que quando as mulheres estão no período fértil, elas tendem a ser mais preconceituosas com homens fora de seu grupo social ou racial.